A Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) divulgou nota na segunda-feira, 4, repudiando a reportagem da Rede Globo sobre os depoimentos do porteiro do condomínio em que Jair Bolsonaro (PSL) e um suspeito de assassinar Marielle Franco (Psol) têm casa, no Rio de Janeiro. O texto surge como reação à nota interna assinada pelo diretor de jornalismo da emissora, Ali Kamel, elogiando a equipe responsável pelo trabalho.
“É lamentável que a TV Globo considere motivo de comemoração a veiculação de matéria que, sob o verniz de jornalismo imparcial, somente leva desinformação aos brasileiros“, diz um trecho da nota do Planalto. O texto afirma que o grupo persegue o presidente Jair Bolsonaro ao tentar envolvê-lo no caso Marielle.
Na nota interna da Globo que veio à tona a manhã manhã de segunda-feira, Kamel exalta o trabalho da equipe e diz que todos devem festejar o episódio. “Há momentos em nossa vida de jornalistas em que devemos parar para celebrar nossos êxitos”, escreveu o executivo.
Já para a Secom, “é evidente o foco da emissora em promover discórdias e enfraquecer o governo, enquanto outros fatos notórios positivos do país são silenciados, pois não interessam aos cofres da empresa”.
O texto ainda fala de supostos pagamentos de propinas a dirigentes da Fifa (Federação Internacional de Futebol) que teriam sido efetuados pela Globo “para a compra de direitos de transmissão da Copa do Mundo”.
O Poder360 entrou em contato com a Globo e ainda aguarda o posicionamento da emissora.
Leia a nota completa da Secom
A Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) repudia a perseguição da TV Globo ao presidente Jair Bolsonaro, na tentativa de envolvê-lo no caso Marielle.
É lamentável que a TV Globo considere motivo de comemoração a veiculação de matéria que, sob o verniz de jornalismo imparcial, somente leva desinformação aos brasileiros.
Caso a emissora tivesse realmente pautado seu trabalho pela imparcialidade, rigor na apuração e profundidade de investigação, não teria levado ao ar matéria tão frágil do ponto de vista jornalístico. A reportagem seguiu adiante mesmo sabendo que o depoimento que relacionava o presidente da República não passou de fraude e se apresenta como outro crime que merece apuração. Jornalismo não pode ser feito com suposições.
É evidente o foco da emissora em promover discórdias e enfraquecer o governo, enquanto outros fatos notórios positivos do país são silenciados, pois não interessam aos cofres da empresa. Se a TV Globo fizesse bom jornalismo, como defende, investigaria e publicaria, por exemplo, sua própria participação em supostos pagamentos de propina a dirigentes da Fifa para compra de direitos de transmissão da Copa do Mundo.
Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República
Com informações Poder360