
O Juiz Paulo Eduardo de Almeida Sorci, coordenador e corregedor dos presídios de São Paulo, determinou a ida do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a penitenciária II de Tremembé (Penitenciária Doutor José Augusto César Salgado), no Vale do Paraíba, interior paulista.
No despacho de 14 linhas, feitos nesta quarta-feira, 7, o magistrado se refere à decisão da juíza Carolina Lebbos da 12ª Vara Federal de Curitiba, que acolheu pedido para que o petista seja transferido para o Estado.
A Penitenciária II de Tremembé é conhecida por abrigar presos que ficaram conhecidos do público. Por isso, foi batizado de “presídio dos famosos”.
Logo depois da decisão de Lebbos, os advogados de Lula pediram a suspensão da transferência. O advogado Cristiano Zanin afirmou que a decisão “contraria precedentes já observados em relação a outro ex-presidente da República (referindo-se a Michel Temer), quando determina que a transferência do ex-presidente Lula para estabelecimento a ser definido em São Paulo”.
No caso, Zanin se refere à incerteza sobre o petista ser transferido para uma sala de Estado Maior, como é o caso em Curitiba, ou para um presídio comum.
Repercussão
Nas redes sociais, mais cedo, deputados de oposição comemoraram a autorização da transferência. Já deputados do PSL celebraram a decisão da juíza por entenderem que Lula seria transferido para um presídio comum.
Daniel Silveira (PSL-RJ) afirmou que “chega de mordomias para criminosos, lugar de condenado é no presídio”, e compartilhou a hashtag #LulaEmTremembé. O deputado Hélio Lopes (PSL-RJ) afirmou que um ano de Lula em “prisão especial custou R$ 3,6 milhões aos cofres públicos”, concluindo que transferido para São Paulo, “haverá drástica diminuição desses gastos”.
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e o líder do partido na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta, criticaram a decisão que não informa o destino final do ex-presidente após a possível transferência e compartilharam nota do PT e do Instituto Lula. (Com informações O Dia).