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As plantas são cultivadas numa estufa na Penitenciária Agrícola Doutor Mário Negócio Feminino por 20 internas privadas de liberdade capacitadas pela Emater

Vinte e quatro municípios receberam 26 mil mudas cultivadas pelo sistema prisional do RN

As plantas são cultivadas por internas capacitadas pela Emater (Foto: Assessoria de Comunicação – Seap)

O projeto “Cultivando a Cidadania”, da Secretaria da Administração Penitenciária (Seap) e da Secretaria de Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape), com apoio da Vara de Execuções Penais de Mossoró (Vep), atingiu a marca de 26 mil mudas de cajueiro anão precoce cultivadas no sistema prisional do Rio Grande do Norte. As mudas foram doadas a agricultores de 24 municípios. Outras três mil mudas estão em fase de enxerto e em breve serão destinadas para doação aos afetados pela seca.

O projeto não tem fins lucrativos e as mudas são distribuídas de forma gratuita. As plantas são cultivadas numa estufa na Penitenciária Agrícola Doutor Mário Negócio Feminino por 20 internas privadas de liberdade capacitadas pela Emater. Elas realizam o plantio das castanhas de caju, a manutenção e o enxerto das plantas. Para cada três dias de trabalho na lavoura, elas tem direito a um dia da pena remido.

A produção foi doada para agricultores dos municípios de Rafael Godeiro (500 mudas); Boa Saúde (800); São Bento do Norte (1000); Pedra Grande (500); Viçosa (500); Lagoa Nova (900); Ceará Mirim (380); São Gonçalo do Amarante (1.000); Umarizal (1.500); Severiano Melo (1.500); Mossoró (4.000); Riacho da Cruz (1.000); Upanema (1.000); Paraú (500); João Dias (500); Triunfo Potiguar (500); Florânia (1.000); São Fernando (410); Lucrécia (2.000); Doutor Severiano (1.000); Portalegre (2.500); Luis Gomes (1.500); Serrinha dos Pintos (500); e Lagoa Nova (1.000).

Para o secretário da Administração Penitenciária, Pedro Florêncio, o projeto cumpre a finalidade de ressocialização das internas privadas de liberdade através do trabalho em prol da comunidade.

O diretor da Mário Negócio, policial penal Márcio Morais, explica que a estufa foi construída com recursos arrecadados de prestações pecuniárias pela Vep. A estrutura tem mil metros quadrados e foi construída utilizando mão de obra carcerária capacitada pela Seap, por meio de curso de pedreiro de alvenaria ministrado pelo Senai. O diretor explicou que diante do sucesso do projeto, uma nova estufa foi construída, também com recursos da Vep, mas desta vez atenderá a unidade masculina.

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