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Terra volta a tremer no município de João Câmara, que este mês completa 26 anos do maior abalo sísmico já registrado no Rio Grande do Norte

800_00010614João Câmara registra ocorrências constantes de abalos sísmicos

Depois de um longo período de baixa atividade sismológica na região de João Câmara (a 74 km de Natal), um novo tremor foi constatado pelo Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O registro foi feito às 21h40 da última sexta-feira, 16, e atingiu a magnitude 2.8, imperceptível à grande maioria dos moradores do município.

O local, conhecido como região de Samambaia-Lagoa Rachada, foi o mesmo onde a atividade sísmica teve início em 1986 – data do tremor de magnitude 4.6, seguido de outro de 5.1 na Escala Richter, que causou pânico em João Câmara e migração de centenas de residentes à capital potiguar – um marco no registro de abalos sísmicos no país.

Desde essa data foi montada uma estação de sismologia na cidade, para medir os tremores de terra na região. O abalo de novembro de 1986 causou tanto estrago que o presidente José Sarney esteve na cidade para acompanhar a ajuda aos desabrigados que tiveram suas casas destruídas ou rachadas pelo tremor.

Segundo o estudioso do assunto, o professor José Alberto Veloso, o primeiro tremor catalogado no Rio Grande do Norte ocorrido no município de Assu, em 1807. (Com informações do DN Online).

Memória

830 JOÃO CCidade de João Câmara ficou arrasada com o tremor de terra em 1986

O maior tremor de terra em solo potiguar foi registrado há 26 anos no município de João Câmara. O dia 30 de novembro de 1986 jamais será esquecido pelos moradores que foram acordados, por volta das 3h30, com a terra tremendo. Casas foram destruídas e cerca de 10 mil pessoas fugiram da cidade com medo que novos abalos acontecerem.

Pontualmente às 5h19min48s, o tremor de terra mais devastador de 5.1 graus na escala Richter, seguido de várias réplicas, inclusive com magnitude 4.0 tanto na zona urbana quanto na rural.

Os tremores destruíram ou danificaram 4 mil casas, 500 delas foram reconstruídas adotando normas anti-sísmicas, desenvolvidas pelo Batalhão de Engenharia do Exército Brasileiro.

O Presidente da República na época, José Sarney, e vários outros ministros visitaram a área atingida. A imprensa nacional também acompanhou os fatos, inclusive montando acampamentos na cidade.

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