A sessão de julgamento da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) no processo de impeachment, que teve início às 9h desta quinta-feira, 25, deve se estender até a próxima semana, segundo cronograma definido pelos presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski; e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
De acordo com o rito definido, o julgamento teve início com os depoimentos das duas testemunhas de acusação e das seis testemunhas de defesa no plenário do Senado.
Os depoimentos tiveram início nesta quinta e se estenderão até esta sexta-feira, 26. Haverá trabalhos no fim de semana somente se necessário, para a conclusão de depoimentos de testemunhas.
A presidente afastada Dilma Rousseff informou que vai pessoalmente ao Senado para participar do julgamento. Pelo rito estabelecido, ela terá direito a uma manifestação inicial de 30 minutos antes de ser interrogada.
A participação da presidente afastada será depois dos depoimentos de duas testemunhas da acusação e de seis da defesa. A previsão é de que ela fale aos senadores na próxima segunda-feira, 29.
Nos dias de julgamento, os trabalhos começarão às 9h sem previsão de término, a depender das condições físicas dos senadores, com intervalos de 30 a 60 minutos a cada quatro horas.
O presidente do STF quer concluir a fase das testemunhas até a madrugada de sábado porque elas ficarão isoladas em quartos de hotéis em Brasília.
A votação do processo será nominal, via painel eletrônico. Depois o resultado será proclamado.
Se pelo menos 54 senadores votarem a favor do impeachment, Dilma será definitivamente afastada e ficará inelegível por oito anos a partir do fim de 2018, quando se encerraria o seu mandato.
Se o placar de 54 votos favoráveis ao impedimento não for atingido, o processo será arquivado e Dilma reassumirá a Presidência da República. (Com informações do G1, em Brasília).