O ex-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, admite a possibilidade de deixar o PT, partido ao qual ele é filiado há 12 anos. Em entrevista ao UOL, Prates afirmou que ver mais mais espaço para ele no PT e poderá deixar a sigla antes das eleições de 2026, quando pretende disputar novamente uma vaga no Senado.
Prates fez duras críticas ao governo Lula e voltou a acusar o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, de tentar interferir na Petrobras, chamando a atuação do ministro de “tentativa descarada de intervenção estatal”. Apesar disso, isentou o presidente Lula de envolvimento direto.
“Silveira quer mostrar poder sobre a Petrobras, vaza informações e faz críticas públicas”, afirmou. Segundo Prates, sua demissão da estatal em 2024 foi incentivada por Silveira e pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa.
O ex-senador disse ainda que o maior inimigo do governo “é o próprio governo”, criticando o que chamou de “fogo amigo” entre ministros e o medo de protagonismo dentro da gestão. “Este era para ser um governo de estrelas, mas todos se escondem”.
Prates também afirmou que a governadora Fátima Bezerra deverá ser a candidata do PT ao Senado pelo RN em 2026, e que por isso avalia disputar por outro partido. Ele ainda defendeu que Lula anuncie logo se será ou não candidato à reeleição.
