Luciano Oliveira - [email protected]

Salinor está sendo disputada na Justiça pelos empresários Fragoso Pires e Mandarino que afirma que comprou legalmente a empresa

AS TRÊS BARCAÇAS DA FROTA OCEÂNICA CONTINUAM INATIVAS, NO CAISParalisação de barcaças da Frota Oceânica, em Areia Branca, teria ligações com o processo

A empresa potiguar Salinas do Nordeste S.A. (Salinor), uma das maiores produtoras de sal do Brasil, está no centro de uma ação judicial que tramita no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RN) para definir quem é o verdadeiro dono da empresa. O processo é movido pelo empresário José Carlos Fragoso Pires e foi tema de reportagem ontem no jornal Valor Econômico. De acordo com a reportagem, Pires acusa José Hamilton Mandarino, economista que trabalhou como consultor para ele, de ter se apropriado indevidamente de ativos reunidos na Salinor e briga na justiça para retomar o controle do negócio.

Pires alega ter sido vítima de um suposto golpe que teria sido aplicado por Mandarino. A tese defendida pelos advogados de Pires é a de que Mandarino, contratado em 1997 para fazer o saneamento econômico-financeiro do grupo Fragoso Pires, teria desviado e se apropriado dos ativos de produção de sal de Pires reunidos na Salinor. A tese, informa o Valor Econômico, é de que Mandarino teria se aproveitado de uma relação fiduciária para passar a considerar-se dono do negócio.

Um contrato de serviços teria sido assinado entre as partes supostamente transferindo em “confiança”, para o consultor e empresas ligadas a ele, a gestão das participações societárias das salinas de Pires. A operação de transferência teria sido realizada em 2002 como forma de isolar a Salinor e permitir que a empresa tivesse caixa livre em prol das demais empresas do grupo Fragoso Pires. “Mas o acordo, baseado em relação de confiança, previa a devolução da empresa, o que não ocorreu”, disse ao Valor Econômico Marcela Travassos, uma das advogadas de Pires.

Na contestação ao pedido inicial da ação, os advogados de Mandarino dizem tratar-se de uma ação “extravagante” e “esdrúxula”. Mandarino rebate as acusações e diz, no processo, que comprou legalmente a Salinor.

A discussão na Justiça começou em junho de 2011 e não tem previsão de terminar, informa a reportagem. A Salinor foi constituída com o patrimônio da Cope e da Pamar, empresas de Pires que aparecem como co-autoras da ação. Outra é a Frota Oceânica e Amazônica. Mandarino é réu na ação ao lado de duas empresas: JMM Administração e Participações e Quatro Ventos Energia.

O grupo Fragoso Pires é o mesmo que adquiriu, em leilão de privatização, a Companhia Nacional de Álcalis (CNA), no Rio de Janeiro, e o projeto da empresa potiguar Alcanorte, ambas focadas em produção de barrilha, matéria-prima usada pela indústria de vidro. No RN, a Alcanorte nunca funcionou. (Com informações da Tribuna do Norte Online).

NOTA DO BLOG: Em postagem do dia 30 de setembro de 2012, com o títuloMistério que envolve desativação da Frota Oceânica teria como origem um ex-dirigente do clube Vasco da Gama” o Blog tratou da desativação das barcaças da Frota Oceânica e da divisão marítima da Salinor em Areia Branca, que teria ligações com um rumoroso processo que corre na Justiça carioca, envolvendo o Grupo Fragoso Pires, proprietário da Frota Oceânica, e o empresário José Hamilton Mandarino, ex-vice-presidente do clube Vasco da Gama, do Rio de Janeiro (RJ), então controlador da Frota Oceânica e da Salinor.

Print Friendly, PDF & Email

Compartilhe:

guest

0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments

publicidade