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desembargador João Pedro Gebran Neto, relator do recurso (Foto: Reprodução)

Relator mantém condenação de Lula e aumenta pena para 12 anos e um mês de prisão

Desembargador João Pedro Gebran Neto, relator do recurso (Foto: Reprodução)

O desembargador João Pedro Gebran Neto, relator do recurso apresentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre (RS), contra a condenação no caso do triplex do Guarujá, aumentou a pena de nove anos e meio para 12 anos e um mês de prisão.

Durante a leitura de seu voto, Gebran afirmou que haveria provas “acima do razoável de que o apartamento tríplex desde o início foi reservado para o sr. Luiz Inácio Lula da Silva e assim permaneceu após a OAS assumir o empreendimento”. Ele prosseguiu: “Também há provas acima de dúvida razoável de que as reformas, compra da cozinha e utensílios foram feitas a favor do ex-presidente”.

Gebran citou ainda a influência de Lula sobre a nomeação de diretores da Petrobras e lembrou depoimentos de delatores. “Há provas acima de razoáveis de que o ex-presidente foi um dos articuladores, senão o principal, de um amplo esquema de corrupção. As provas aqui colhidas levam à conclusão de que no mínimo tinha ciência e dava suporte àquilo que ocorria no seio da Petrobras, destacadamente a destinação de boa parte das propinas para o Partido dos Trabalhadores. Episódios como a nomeação de (ex-diretores) Paulo Roberto Costa, Nestor Cerveró e Jorge Zelada entre outros, não deixam margens de dúvidas de sua intensa ação dolosa no esquema de propinas.”

Em seu voto de quase três horas, Gebran também comentou as críticas feitas à Lava Jato, como o suposto excesso de prisões preventivas. Para o desembargador, há “inverdades” divulgadas. O desembargador destacou que as prisões não são um meio de obter confissões. Gebran afirmou ainda que os integrantes do PT não foram nem sequer “os primeiros a ser investigados”. “Não estamos tratando de pobres, descamisados.”

O julgamento teve início pontualmente às 8h30 desta quarta-feira, 24. Lula foi condenado a 9 anos e 6 meses de prisão pelo juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância da Justiça Federal, em Curitiba (PR). Na sessão, os procuradores e advogados de defesa irão se manifestar, e os três desembargadores irão proferir os votos. (Com informações Jornal do Brasil).

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