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Reitora Cicília Maia com equipe do PCCB-Uern, na inauguração do memorial (Foto:

Reitora da Uern sugere parceria com o município para instalação do Museu do Mar na praia de Upanema

Reitora Cicília Maia com equipe do PCCB-Uern, na inauguração do memorial (Foto: Uern)

Durante participação em ato comemorativo pelos 94 anos de emancipação política de Areia Branca e  pelos 23 anos de atuação do Projeto Cetáceos Costa Branca (PCCB), a reitora da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), Cicília Maia, sugeriu uma parceria com o município para a instalação do Museu do Mar na praia de Upanema.

Na manhã de segunda-feira, 25, a Prefeitura de Areia Branca entregou à população o Memorial da Baleia, uma obra de arte assinada pelo artista plástico Carlos Amâncio. Um monumento para relembrar os históricos salvamentos de baleias encalhadas na Praia de Upanema e levar as pessoas a refletirem sobre a importância da preservação do meio ambiente, em especial, da vida marinha.

Na solenidade de inauguração do monumento, a prefeita Iraneide Rebouças (PSDB) destacou a atuação do Projeto Cetáceos da Costa Branca, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), no município.

“Este é um símbolo de gratidão do município por todo o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Projeto Cetáceos da Costa Branca. Nós acompanhamos esse trabalho diário, de muito zelo com os animais marinhos”, agradeceu a prefeita.

A inauguração do monumento marca os 23 anos de atuação do projeto, que atua no monitoramento, pesquisa, conservação e sensibilização ambiental na costa potiguar. O projeto já atuou no salvamento de tartarugas marinhas, aves, golfinhos, baleias, peixes-boi e descartes de peixes vivos ou mortos. Os animais vivos são resgatados pela equipe do projeto e levados para a Base de Recuperação de Animais Marinhos, sediada na praia de Upanema, onde recebem todo o tratamento e são submetidos a um processo de reabilitação para serem devolvidos à natureza.

“Este é um projeto de pesquisa, de extensão e de envolvimento comunitário, atuando na preservação do mar, dos animais marinhos. Convidamos vocês a fazer um mergulho no mar de uma forma diferente, conscientemente, preocupados com as questões ambientais que são um grande desafio neste novo momento”, afirmou o professor Flávio Lima, coordenador do Projeto Cetáceos.

Entre as centenas de salvamentos realizados pelo Projeto Cetáceos, um teve projeção internacional. Em setembro de 2013, um grupo de 30 baleias “falsas orcas” encalhou na praia de Upanema. Graças à atuação do Projeto Cetáceos, em conjunto com a Capitania dos Portos, Polícia Militar, Ibama e a população local, foi possível devolver ao mar 24 animais com vida. O caso ganhou repercussão internacional, sendo considerado o maior salvamento de baleias do mundo, até hoje, sendo tema de diversos estudos sobre o assunto.

Dois anos antes, o projeto alcançou êxito em outro salvamento. Desta vez, uma baleia da espécie jubarte.

A reitora Cicília Maia parabenizou os integrantes do projeto, destacando a importância do trabalho desenvolvido no litoral potiguar. Ela também agradeceu à Prefeitura de Areia Branca pelo reconhecimento e parceria com o projeto, quando também sugeriu uma parceria para a instalação do Museu do Mar na praia de Upanema.

“Uern socialmente referenciada é isso. É trazer pesquisa, é trazer extensão, trazer presente e futuro para esta garotada. O que estamos fazendo aqui é trazer esperança, e também força, trabalho e amor em tudo o que a gente faz. O que faz a diferença nos dias de hoje é a soma de esforços. A sociedade não pode estar distante da gente, precisa estar integrada e com responsabilidade”, afirmou a reitora.

Crianças das escolas públicas de Areia Branca participaram do evento e puderam acompanhar um pouco do trabalho desenvolvido pelo Projeto Cetáceos, por meio de fotos e uma sessão do Cine Cetáceos.

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