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Deputado Souza (centro) presidiu a mesa de trabalhos

Reduzido efetivo das polícias Militar e Civil é o ponto crucial do sistema de segurança de Areia Branca

Deputado Souza (centro) presidiu a mesa de trabalhos
Deputado Souza (centro) presidiu a mesa de trabalhos

O reduzido efetivo, tanto da Polícia Militar como da Polícia Civil é o ponto crucial do sistema de segurança de Areia Branca. Isso foi o que ficou evidenciado na audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa, na noite de sexta-feira,  31, na Câmara Municipal, por proposição do deputado Manoel Cunha Neto, “Souza” (PHS), para discutir e propor ações efetivas na área de segurança do município.

Depois de mais de três horas de relatos e discussões de expositores e participantes da audiência, que reuniu autoridades policiais, vereadores, representantes da sociedade, da igreja e de comerciantes de Areia Branca, foram elencadas ações imediatas para o enfrentamento da insegurança que tomou conta da cidade.

“Pelo que foi discutido, ficou claro que o problema maior do sistema de segurança do município e da região é o pequeno efetivo policial. Chegamos à conclusão que está na hora de pensar Areia Branca. Não adianta discutir a segurança pública apenas em tempo de crise. A discussão tem que ser permanente”, afirmou o deputado Souza.

Com base nos problemas levantados, as soluções imediatas apontadas para a retomada na segurança da cidade passam por ações rotineiras do Batalho de Polícia sediado em Mossoró, deslocando homens para realizar blitz diária em Areia Branca; incluir a cidade e municípios vizinhos na operação Madrugada Segura; formalização de convênio do município com o Estado para custear diárias operacionais dos policiais.

Além dessas, outras ações apontadas são a criação na Câmara Municipal de um Gabinete de Gestão Integrada; municipalização de trecho urbano da BR-110 da comunidade de Pedrinhas até a entrada e saída da cidade, para que a Polícia possa atuar nesse trecho e conclusão do projeto de monitoramento da cidade com câmeras de vídeo.

Durante as exposições dos integrantes da mesa dos trabalhos, o delegado regional de Polícia Civil, Denis Carvalho, disse que “a questão crucial do sistema de segurança é o efetivo. Em todo o Estado a Polícia Civil trabalha com apenas 27 do quadro de vagas”.

Já o coronel Alvibá Gomes, que representou o comando da Polícia Militar, disse que a PM passou 13 anos sem fazer concurso, o que era para acontecer todo ano. “A média de um policial na ativa é de 15 anos. Hoje essa média chega a 23 anos. Alguma coisa está errada”, afirmou. Ele disse ainda que a segunda companhia de Areia Branca conta apenas com 48 policiais, quando esse efetivo deveria ser de 130.

Para o comandante do 12º Batalho de Mossoró, coronel Humberto Pimenta, o concurso é um paliativo como uma ação imediata para aumentar o efetivo, porque o treinamento de um policial leva de nove a 10 meses. “Precisamos resolver o problema de imediato, porque o bandido age em cima da falha”, enfatizou.

A união de todas as forças políticas da cidade, incluindo prefeitura, deputado Souza e vereadores foi a sugestão dada pelo comandante da Companhia de Polícia de Areia Branca, capitão Almeida, para encontrar a melhor solução para o problema da insegurança. “A gente lida com vidas. Temos que deixar as outras coisas de lado. Temos que segurar a bandeira da paz. Se nos unirmos vamos ser mais fortes e vamos sair vitoriosos”, afirmou .

Na mesma linha, o padre Cézar Teixeira, representante da Igreja Católica nos debates ao dizer que “somos os promotores da paz e esse é o momento para discutirmos a nossa cidade de 27 mil habitantes”, para em seguida afirmar que “é preciso criar políticas públicas para os jovens”.

Populares acompanharam com interesse as discussões
Populares acompanharam com interesse as discussões

A vereadora Rebeca Melo (PTN) também defendeu uma atenção para a população jovem da cidade, onde está crescendo a criminalidade em Areia Branca. “Esse fato me deixa muito triste. Como professora e agora como vereadora, a gente sabe que é de criança que se constrói um cidadão”, destacou.

Presidida pelo deputado Souza, a mesa diretora dos trabalhos estava composta pelo diretor de Polícia Civil do interior, Lenivaldo Ferreira Pimentel; delegado regional de Polícia Civil, Denys Carvalho; comandante regional da Polícia Militar no interior, coronel Alvibá Gomes; comandante do 12º Batalhão de Polícia Militar, coronel Humberto Pimenta; comandante da Companhia da Companhia de Polícia Militar de Areia Branca, capitão Almeida; comandante do Distrito de Trânsito de Mossoró e Região, tenente Júlio César; representante da Igreja Católica, padre Cézar Teixeira; presidente do CDL de Areia Branca, Públio Magno  Araújo; e a vereadora Rebeca Melo.

Fotos: João Gilberto/ALRN

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