As eleições para definir o próximo presidente dos Estados Unidos acontecem nesta terça, 8. Nas primeiras horas desta quarta-feira, 9, Hillary Clinton (Democrata) ou Donald Trump (Republicano) já poderá ser considerado o 45º presidente do país. A posse acontece no dia 20 de janeiro de 2017.
Os horários de votação variam muito entre os 50 estados americanos, já que seguem seis fusos diferentes. Dez estados serão os primeiros a abrir suas seções, às 6h ou 6h30, que corresponde às 9h ou 9h30 de Brasília.
Como a votação acontece em um dia da semana, os postos eleitorais ficam abertos por um período bem maior do que no Brasil. Em Nova York, por exemplo, abrem às 6h e recebem eleitores até as 21h.
O resultado deve ser conhecido apenas na madrugada de quarta-feira, como nas eleições anteriores. A exceção foi o pleito de 2000, quando foi necessária a recontagem em alguns distritos, o que atrasou o anúncio.
O voto não é obrigatório, mas os eleitores interessados precisam ter se registrado com antecedência. De acordo com o Pew Research Center (PRC), mais de 225 milhões de americanos estão aptos para votar e, neste ano, a participação dos latinos será recorde.
Pesquisas
Uma pesquisa ABC News/Washington Post divulgada na segunda-feira, 7, mostrou Hillary liderando por 4 pontos, com 47% das intenções de voto, contra 43% de Trump.
Em uma série de pesquisas divulgadas ontem, Hillary Clinton lidera as intenções de voto. O site Real Clear Politics lista oito pesquisas em que os eleitores não consideraram outros candidatos além dos dois, e Trump aparece na frente em apenas uma, do LA Times/USC Tracking, com vantagem de 5 pontos.
Nas outras sete, Hillary lidera por uma margem que vai de 1 ponto (IBD/TIPP Tracking) a 7 pontos (NBC News/SM). CBS News, Fox News dão a ela 4 pontos de vantagem, Bloomberg e ABC/Washington Post apontam 3 e Monmouth 6.
O site Huffington Post calculou a média entre 375 pesquisas de 43 fontes e atribuiu, também na véspera da votação, 47,5% para a democrata e 42,3% ao republicano.
As pesquisas consideram as intenções de voto dos americanos, mas o candidato eleito não necessariamente será aquele que conseguir o maior número de votos populares em todo o país. Isso porque a eleição não é direta, mas funciona por meio de um processo complexo, que envolve os estados e é chamado de Colégio Eleitoral.
O candidato que vencer em cada estado será representado no Colégio Eleitoral por uma chapa de delegados – o número de delegados estaduais é proporcional à população regional. Do total de 538 delegados eleitos, o candidato precisa do apoio de 270 para se eleger presidente.
Senado e outros temas
Além de indicar seus candidatos à presidência, os eleitores também decidirão quem irá ocupar 34 das 100 cadeiras do Senado – o que pode inclusive mudar o perfil da casa. Os republicanos, atualmente maioria, podem perder a liderança porque ocupam 24 das vagas em disputa (as outras 10 são atualmente de democratas).
Os americanos também estão chamados a votar nesta terça-feira em outras 154 consultas em 35 estados sobre assuntos como pena de morte, salário mínimo e impostos. Uma das questões que mais chama atenção é a legalização (ou não) da maconha como uso recreativo nos estados de Califórnia, Arizona, Massachusetts, Nevada e Maine.
Outro ponto polêmico é a abolição da pena de morte, votado em Nebraska e na Califórnia. Este último estado, aliás, é o que tem o maior número de temas em discussão, 17.
Fonte: G1, São Paulo