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Paulo Carvalho e Andrezza Hallax receberam das mãos do Reitor, Prof. Gedson Nunes, troféu de 1º lugar (Foto: Chico Norberto)

Prótese mamária acessível é criada por universitários de Mossoró

Paulo Carvalho e Andrezza Hallax receberam das mãos do Reitor, professor Gedson Nunes, troféu de 1º lugar 

Motivados pela campanha Outubro Rosa, estudantes de Enfermagem de Mossoró desenvolveram uma prótese mamária externa mais viável e de baixo custo, voltada para mulheres que precisam passar pela mastectomia após o tratamento do câncer de mama.

O projeto é liderado por Pablo Carvalho e Andrezza Hallax, que cursam a 10ª série de Enfermagem na Universidade Potiguar (UnP), integrante da rede Laureate. E a prótese mamária externa tem como materiais principais, o poliéster e a resina de caju.

“O poliéster é um material amplamente acessível. Ele é impermeável, tem durabilidade, e passou por vários testes nos laboratórios da UnP. Um outro benefício dele é a possibilidade de ser reutilizado e reciclado, tendo ainda uma preocupação com o meio ambiente. E a resina de caju, fruto facilmente encontrado na nossa região, auxilia na moldagem da prótese”, explica Pablo.

Segundo o Coordenador do Curso, professor Wanderley Fernandes, o projeto foi criado ainda em 2017, dentro do Prointer Inovação, evento realizado entre os alunos da 3ª a 8ª série de Enfermagem. “Foi então, que um grupo de alunos apresentou essa proposta da prótese mamária externa, feita com um material acessível e de baixo custo. Desde então, o trabalho vem sendo aperfeiçoado”, afirma.

Mastectomia

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a cada 40 minutos é feita uma cirurgia de mastectomia no Brasil. E dependendo do caráter invasivo do procedimento, pode acarretar em inúmeros problemas psicossociais nas mulheres que perdem a mama, como depressão, perda da feminilidade, entre outros. E foi nesta perspectiva que os alunos desenvolveram a prótese.

“Ela foi criada pra trazer conforto, durabilidade, acesso e baixo custo. Nós a projetamos enquanto solução diante de tanta negligência que essas mulheres vem sofrendo, pois as próteses internas, convencionais são muito caras, e não são acessíveis a todas”, disse a aluna Andrezza Hallax.

O projeto foi apresentado no dia 18 de novembro no II Ginga Tank UnP, e foi o grande campeão. O evento, realizado pelo Centro de Excelência em Empreendedorismo (Empreende) da UnP, reuniu iniciativas de empreendedorismo social que se propõem a transformar (ou já estão transformando) as comunidades onde vivem.

Foto: Chico Norberto

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