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Professor Julimar França, coordenador do projeto, conversa com os alunos

Projeto de educação ambiental do IFRN trabalha a coleta de pilhas e baterias em escolas de Areia Branca

Professor Julimar França, coordenador do projeto, conversa com os alunos

A Política Nacional dos Resíduos Sólidos (Lei 12.305/10) criou a logística reversa, que prevê a responsabilidade de empresas e importadores com relação à destinação final de resíduos sólidos de produtos considerados perigosos como: pneus, pilhas e baterias, lâmpadas fluorescentes, produtos eletroeletrônicos e seus componentes, etc. Apesar da legislação, grande parte das empresas produtoras e os comercializadores ainda não implantaram sistemas de logística reversa.

No caso das pilhas e baterias elas são geralmente descartadas junto com os resíduos domiciliares e comerciais em terrenos baldios, corpos hídricos e lixões. Isso se torna um grave problema socioambiental, pois esses resíduos têm em sua composição metais pesados altamente tóxicos e não-biodegradáveis, como cádmio, chumbo e mercúrio, vazamento de seus componentes tóxicos contaminam o solo, os cursos d’água e o lençol freático, atingindo a flora e a fauna das regiões circunvizinhas. Por meio da cadeia alimentar, essas substâncias chegam, de forma acumulada, aos seres humanos.

Alunos da Escola Municipal Aluízio Alves com o “Papa Pilhas”

Diante disso, o projeto de educação ambiental Escola Sustentável, que vem sendo realizado pelo Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), Campus Mossoró, nas escolas municipais Aluízio Alves e Vingt Rosado, em Areia Branca, resolveu trabalhar essa temática no âmbito escolar.

A equipe do projeto instalou nos dois estabelecimentos de ensino o “Papa Pilhas” e baterias. O equipamento tem o objetivo de sensibilizar as crianças e toda a comunidade escolar com relação à importância de destinar corretamente esses resíduos, que são altamente perigosos.

Mais um equipamento entregue a aluna da Escola Municipal Vingt Rosado

De acordo com o coordenador do projeto, Professor Julimar França, “os matérias coletados serão destinados a uma empresa que trabalha com reciclagem de pilhas e baterias, no entanto, o legado mais relevante da iniciativa é a transmissão às futuras gerações de valores ambientais que são bases para o exercício da cidadania ambiental imprescindível ao futuro do planeta”.

O projeto, que começou nos mês de junho, ainda pretende trabalhar nas escolas ações ambientais como arborização, horta escolar, eficiência energética e redução no consumo de água.

Fotos: Divulgação/Projeto

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