O Projeto Cetáceos da Costa Branca, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (PCCB-Uern), realiza nesta sexta-feira, 29, a soltura de uma tartaruga oliva (Lepidochelys olivacea) resgatada oleada na praia da Redinha, em Natal, no dia 23 de setembro de 2019.
A soltura do animal será na sexta-feira, às 10h, na praia de Upanema, em Areia Branca, onde funciona o Centro de Reabilitação do PCCB-Uern, que atua em todo o Rio Grande do Norte com pesquisa e reabilitação de animais marinhos.
Conforme relatório do biólogo Flávio Lima, coordenador-geral do PCCB-Uern, e do médico veterinário, Augusto Carlos Boaviagem, o animal foi vítima do desastre ambiental que acometeu o Nordeste do Brasil desde o final de agosto deste ano e teve 100% do corpo contaminado pelo óleo.
Primeiramente a Equipe de Resgate do PCCB-Uern fez o transporte da tartaruga para a Base de Estabilização da instituição em Natal, onde o animal foi submetido a avaliação das funções vitais, verificação de lesões e determinação do percentual de contaminação por óleo.
No dia 26 de setembro a tartaruga foi transferida para o Centro de Descontaminação de Fauna Oleada do PCCB-Uern em Mossoró, onde recebeu suplementação vitamínica e antibiótico terapia e só então passou pelo processo de lavagem a fim de eliminar os restos de resíduos de óleo.
Durante os dias seguintes o animal permaneceu estável em piscina, nadando ativamente e defecando, porém, ainda eliminando resíduos oleosos. No dia 28 de setembro, foram observados fragmentos de resíduos sólidos expelidos por meio das fezes, os quais continham: plástico flexível transparente, plástico rígido e linha. Os fragmentos apresentaram-se contaminados por remanescentes oleosos.
Após ser totalmente descontaminada do óleo e apresentar condições satisfatórias, no dia 11 de outubro passado a tartaruga foi transferida para o Centro de Reabilitação do Projeto Cetáceos da Costa Branca-Uern em Areia Branca.
Após 60 dias de intenso tratamento médico veterinário a tartaruga apresentou condições satisfatórias para soltura e retorno ao seu ambiente natural.
Fotos: Divulgação/PCCB-Uern