Professor Marcelo Tubarão (chapéu branco) esteve acompanhando resgate da baleia na quinta-feira
Em menos de 72 horas uma baleia da espécie Jubarte encalhou duas vezes, em duas praias diferentes no litoral de Areia Branca, em Upanema e na Redonda. O fato inédito chamou a atenção não apenas dos biólogos do Projeto Cetáceos da Costa Branca, responsável pelo resgate desse tipo de animal no litoral da região, como também de técnicos da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), que ajudaram no resgate do animal.
Para o professor da Ufersa, Marcelo Tubarão, vice-coordenador do Curso de Engenharia de Pesca na instituição de ensino superior, é necessário que a Universidade do Semi-Árido esteja mais atenta para episódios como esse.
Marcelo Tubarão, que esteve na praia de Upanema na quinta-feira, 20, acompanhando o início do primeiro resgate da baleia, disse que visando dar mais atenção a esses animais, a professora Caroline Vieira está propondo, para o curso de Engenharia de Pesca da Ufersa, um grupo de pesquisa voltado para a área dos cetáceos.
Voluntários acompanham barco levar a baleia para a parte mais profunda, após desencalhe (Foto de Carlos Júnior, do Voz de Areia Branca, no Portal G1)
Com relação à baleia Jubarte, o animal havia encalhado na praia de Upanema na quinta-feira pela manhã e foi devolvida ao mar no sábado, 22, à tarde. Na manhã de hoje, 23, a baleia encalhou novamente, desta vez na praia de Redonda, sendo novamente desencalhada e devolvida ao mar na parte da tarde.
A equipe do projeto Cetáceos da Costa Branca instalou um GPS no mamífero por meio do qual acompanharão o monitoramento via satélite o trajeto do animal, para as correntes marítimas mais frias e siga seu destino original.
A baleia tem cerca de 10 metros de comprimento, pesando aproximadamente 20 toneladas.
