
O primeiro dia de provas da edição 2016 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) realizado no sábado, 5, foi marcado por provas difíceis de física e matemática e mais ênfase em filosofia e sociologia. O segundo dia do exame será neste domingo, 6, com matemática, linguagens e redação.
Esse primeiro dia do Enem se destacou das edições anteriores por conta das ocupações de colégios por movimentos estudantis. Os manifestantes protestam contra a PEC do teto dos gastos e a reforma do ensino médio.
No total, 405 locais de prova tiveram o Enem adiado para 3 e 4 de dezembro. O adiamento afeta 271.033 candidatos. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) incluiu novos locais afetados durante a manhã e enviou SMS para os inscritos informando o adiamento da prova.
Durante o dia, o movimento foi tranquilo na maior parte dos locais de prova e, segundo o Inep, nos locais que tiveram o Enem adiado, fiscais estavam presentes para orientar os candidatos que não receberam o aviso da transferência de data das provas.
No Distrito Federal e no Pará, entretanto, duas instituições divulgadas como afetadas pelo adiamento tiveram prova aplicada. O Inep reconheceu o equívoco no envio das mensagens e garantiu que quem perdeu o exame poderá realizá-lo nos dias 3 e 4 de dezembro. Em Minas Gerais, uma estudante, Gabrielle Laís Kothe, que viajou cerca de mil quilômetros para fazer a prova, só recebeu a notificação quando já estava no local.
Maria Inês Fini, presidente do Inep, também comentou a tentativa de internautas espalharem farsas sobre possíveis fraudes e vazamentos da prova do Enem pela internet. Em um dos casos, um internauta fez uma transmissão ao vivo do que seria a prova de sábado do Enem 2016. Porém, a prova filmada era do Enem 2015.
Chegando atrasados
Todos os anos, centenas de candidatos não conseguem realizar o exame por chegarem atrasados ao local da prova, que nesta edição, foi divulgado com 15 dias de antecedência.
Ontem, os retardatários culparam o trânsito carregado, o horário de verão, que começou há 20 dias, e houve quem confundiu o local de prova, que consta no cartão de confirmação, e esticou muito a hora do almoço.

A perda da hora, contudo, não foi um problema no município de Guajará-Mirim, em Rondônia, onde um candidato conseguiu entrar no local de prova meia hora após o fechamento dos portões. A coordenadora explicou que o aluno acusou fiscais de terem passado informações incorretas sobre seu local de prova, mas não conseguiu confirmar a denúncia. O Inep afirmou que “tomou conhecimento do caso e vai fazer a apuração de todos os fatos”.
Neste domingo, os candidatos fazem as provas de matemática, linguagens e redação. Os portões fecham às 13h (de Brasília), o exame começa às 13h30 e terá cinco horas e meia de duração. (Com informações do G1).