O presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF4), desembargador federal, Thompson Flores, assinou o ato de exoneração do juiz federal Sérgio Moro, que passa a valer a partir da próxima segunda-feira, 19. Moro encaminhou o pedido de exoneração do cargo ao presidente do tribunal na manhã de sexta-feira, 16.
No pedido, o futuro ministro da Justiça alega que a decisão de pedir a exoneração é para que ele possa assumir de imediato um cargo executivo na equipe de transição do governo e posteriormente a titularidade da pasta da Justiça.
Moro, que é titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelos processos da Operação Lava Jato, citou as controvérsias dirigidas a ele por participar do planejamento de ações do próximo governo sem deixar a magistratura. “Houve quem reclamasse que eu, mesmo em férias, afastado da jurisdição e sem assumir cargo executivo, não poderia sequer participar do planejamento de ações do futuro governo. (…) embora a permanência na magistratura fosse relevante ao ora subscritor por permitir que seus dependentes continuassem a usufruir de cobertura previdenciária integral no caso de algum infortúnio, especialmente em contexto no qual há ameaças, não pretendo dar azo a controvérsias artificiais, já que o foco é organizar a transição e as futuras ações do Ministério da Justiça”, disse no documento.
Ao final do texto, o próximo gestor da Justiça se despede da magistratura. “Destaco meu orgulho pessoal de ter exercido durante 22 anos o cargo de juiz federal e de ter integrado os quadros da Justiça Federal brasileira, verdadeira instituição republicana”, concluiu. (Com informações Correio Braziliense).