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Preocupa a situação dos marítimos demitidos sem direito a nada pela Frota Oceânica e Salinor após desativarem misteriosamente suas barcaças

Sindicalistas e assessor jurídico reuniram os marítimos para repassar as últimas informações sobre o processo em andamento

Não existe ainda perspectiva de mesa farta no Natal para mais de 50 marítimos que aguardam ansiosos o desfecho do impasse gerado pelas empresas Frota Oceânica e Salinor, responsáveis pela operacionalização das barcaças Dix-sept Rosado, Osmundo Faria e Antônio Florêncio até o mês de julho passado.

Ocorre que misteriosamente as três barcaças que operavam no município há anos, na transferência de sal a granel para o Porto-Ilha, foram desativadas. Um patrimônio de milhões, que rendia R$ 450 mil por mês de aluguel ao grupo controlador. Hoje, as embarcações estão atracadas no Cais Tertualino Fernandes, em estado de abandono.

Preocupados com a situação dos marítimos que foram dispensados dos seus empregos sem os direitos a que faziam jus, já que a empresa não rescindiu com nenhum deles, os sindicatos da categoria acionaram a assessoria jurídica, por meio do advogado Dario Lima, que deu entrada na Justiça do Trabalho de Mossoró com uma Ação Cautelar de Arresto movida pelos sindicatos contra a Frota Oceânica e a Salinor.

A liminar, acatada pela Justiça do Trabalho, garante a apreensão das barcaças Dix-sept Rosado, Osmundo Faria e Antônio Florêncio até que sejam quitados, com os marítimos demitidos, os pagamentos das verbas rescisórias, FGTS e multas pendentes.

Ação que tramita na Justiça do Trabalho já foi ajuizada e a primeira audiência marcada para o mês de março de 2013. Mesmo com toda a movimentação dos sindicatos e a decisão proferida favorável à liminar, a empresa se manteve alheia ao fato, não atendeu sequer a Justiça.AS TRÊS BARCAÇAS DA FROTA OCEÂNICA CONTINUAM INATIVAS, NO CAIS            Barcaças foram apreendidas para assegurar os direitos dos marítimos demitidos

Segundo levantamento feito pelo Blog, os 54 ex-funcionários da Frota Oceânica receberam o último pagamento em agosto passado. De lá para cá eles vivem numa constante expectativa e esperançosos que seja liberado ao menos o seguro-desemprego, enquanto aguardam a decisão final sobre os pagamentos das verbas rescisórias, FGTS e multas pendentes.

A situação desses marítimos e de seus familiares é preocupante, visto que são profissionais que vinham desempenhando suas funções numa empresa até então considerada sólida. A dispensa desse pessoal, de maneira ríspida, sem direito a nada, causou impacto no seio familiar. Hoje, esse grupo de marítimos vive na esperança de que a qualquer momento, surja um filete de luz no fim do túnel.

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