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Prefeitura de Areia Branca mantém o pagamento de custeio para o policiamento local

0 LUANA BRUNO PREFEITALuana Bruno diz que a parceria do município com a polícia reflete na segurança da população (Foto: Jailton Rodrigues) 

Apesar de enfrentar crise semelhante aos demais municípios brasileiros, a Prefeitura de Areia Branca mantém uma parceria com a polícia local, garantindo o custeio de necessidades básicas do policiamento.

Em muitas cidades ainda prevalece a ausência de investimento dos governos estaduais na estruturação das condições mínimas necessárias para instalação do que se pode chamar de policiamento. Em algumas (senão todas) com o salário que recebem, dificilmente policiais vão trabalhar de bom grado, sendo comum ouvir deles desabafos tipo “estou pagando para trabalhar”.

Neste contexto, as prefeituras acabam se inserindo como financiadoras das necessidades básicas do policiamento, ajudando com  o combustível das viaturas, alimentação e moradia dos policiais, em alguns casos.

Segundo a prefeita de Areia Branca, Luana Bruno (PMDB), no caso local a manutenção do custeio decorre da sua preocupação com a segurança no município, mesmo sabendo que é obrigação do Governo do Estado.

Mas não são todos os prefeitos que tem essa boa vontade de Luana Bruno. De acordo com a Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn), cerca de 50 prefeituras do Rio Grande do Norte decidiram acabar com os convênios firmados para o pagamento de custeio para as polícias militar e civil.

Os acordos foram firmados com a Secretaria Estadual de Segurança e Defesa Social (Sesed) e agora serão encerrados, conforme definiram os gestores em decisão coletiva durante assembleia extraordinária da Femurn.

A principal justificativa para a medida é a crise econômica e a contenção de gastos adotada pelas prefeituras.

“Os prefeitos acharam por bem cortarem despesas que não competem às prefeituras. Há gestões municipais que pagam alimentação e combustível das viaturas no interior”, comentou o presidente da Femurn, Francisco José Júnior.

Ele observou que no caso da Prefeitura de Mossoró, administrada por ele, não mantém esse tipo de convênio. “Essa proposta (para acabar com as despesas de custeio das polícias militar e civil) foi apresentada na assembleia por prefeitos de pequenos municípios”, comentou o presidente da Femurn, adiantando que caberá a Federação enviar ofício para a Secretaria de Segurança e Defesa Social comunicando da decisão adotada coletivamente pelos prefeitos para suspender os custeios com despesas das polícias militar e civil.

Ele chamou atenção para a crise econômica enfrentada pelos municípios que poderá resultar, inclusive, em atraso salarial. “Há uma tendência que até dezembro mais de 60% das prefeituras poderão estar com os salários atrasados, o quadro é muito grave”, destacou.

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