Luciano Oliveira - [email protected]

População de Areia Branca está acuada com o crescente índice de criminalidade

Areia Branca (foto) tem em média 25 mil habitantes, sendo, portanto, enquadrada como cidade de pequeno porte. Num passado não muito distante o areia-branquense se orgulhava ao afirmar que aqui se podia dormir com as portas abertas. Hoje não se pode dizer a mesma coisa. A cidade vive atualmente um clima de insegurança total e, diante do crescente índice alarmante de criminalidade, a população está se sentindo acuada.

A reportagem do Blog conversou nas últimas horas com diversas pessoas, a maioria, comerciantes. Todos afirmaram que estão vivendo dias de completo medo, de total insegurança. “Realmente não me lembro de ter visto dias tão difíceis como os dias atuais, a população está acuada, amedrontada, refém da violência”, desabafou um empresário local preocupado com a situação.

Aos poucos, contam os comerciantes, a violência está fazendo com que a população não saia de casa. “Essa é a triste realidade que estamos vivendo, nossas famílias reféns de um medo que está dominando a sociedade”, afirma um comerciante que se diz inquieto diante dos últimos acontecimentos na cidade, citando o caso de um colega seu, esposa e filha que passaram momentos de terror nas mãos de uma quadrilha na noite de ontem, 1º de junho.

Por volta das 20h de ontem o empresário Newton Araújo, a esposa e a filha foram abordados por bandidos quando chegavam na sua residência, na praia de Upanema. Um grupo de cinco homens armados fez os três reféns e obrigaram a entrar na casa. Em seguida, dois ficaram com a esposa e a filha do empresário no interior da casa, um terceiro elemento ficou dando cobertura do lado de fora, enquanto o quarto homem obrigou a vítima acompanhá-lo até o centro da cidade, onde fica uma das lojas da família.

Um quinto elemento aguardava o empresário próximo ao seu estabelecimento comercial. Orientado pelos bandidos, Newton Araújo abriu a loja e em seguida um dos bandidos entrou também, indo direto para o cofre, de onde retirou certa quantia em dinheiro, cartões de crédito do empresário e ainda levou vários objetos (mercadorias) da loja.

De volta à residência do casal, o empresário se juntou à esposa e a filha que estavam reféns, enquanto os bandidos davam uma “geral” na casa, em busca de mais dinheiro, jóias e objetos de valor. Segundo relatos colhidos pelo Blog, o assalto foi demorado e os homens agiram com muita calma e demonstrando profissionalismo.

Depois de vasculharem tudo e se darem por satisfeitos, os homens trancaram os três reféns num compartimento da casa e foram embora. Felizmente, não houve agressão física contra nenhuma das vítimas.

Claro que a falta de segurança pública não é privilégio de Areia Branca, mas sim, uma chaga nacional. Mas já está passando da hora das autoridades locais se mobilizarem na busca de uma solução para frear a violência e a criminalidade. Há tempos “dorme” nas gavetas o projeto do ex-vereador Cleodon Bezerra de Oliveira, propondo a construção de uma barreira policial na entrada da cidade. Com esse instrumento de segurança instalado, pode até ser que o drama vivido pelo empresário Newton Araújo e sua família não tivesse sido evitado, mas quem sabe não teria outro desfecho?

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