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Opinião: Fidelidade partidária tem sido um martírio para a classe política brasileira

FIDELIDADE PARTIDÁRIA IV Tema bastante discutido no meio político e jurídico eleitoral, a fidelidade partidária tem se tornado um martírio para a classe política brasileira. Foi-se o tempo em que se filiar num partido era algo onde a filiação tinha todo um sentimento de idéias e princípios partidários. Porém, hoje as coisas mudaram, e, diga-se de passagem, para pior. São poucos os políticos que atualmente mantém esses princípios e ideais na política brasileira.

O que se tem visto hoje no atual cenário político brasileiro são as trocas de partidos como se troca uma roupa. Mas, diante desse fato, o que pode dizer é que muitos dessas trocas, os princípios e os ideais políticos passam longe, por outro lado, surge e, de maneira, às vezes estarrecedoras, o seu interesse pessoal, e por sinal, muito pessoal. Deixando muitas vezes de lado o interesse da coletividade bem como os princípios partidários. Não é preciso citar nomes, visto que, o que mais se tem visto nos meios de comunicação, são matérias relacionadas a tal tema.

FIDELIDADE PARTIDÁRIA III Se tratando da política local, veremos que são poucos os que ainda permanecem fiéis aos seus ideais e princípios políticos. Já por outro lado, as coisas são bem piores. Se for feito um estudo sobre as mudanças partidárias na política brasileira, teremos uma conclusão de que a grande maioria dos políticos nos últimos anos tem usado o partido como meio de sobrevivência na “vida pública”. Na verdade, muitos políticos se querem conhecem o estatuto da sua agremiação. Outros se querem sabem o que significa as siglas do seu partido. Quando se fala em sigla, não é o que elas significam, mas, o que elas representam, pois, infelizmente isso é um fato sim, dentro da política nacional.

Não se faz mais políticos como Tancredo Neves, Ulisses Guimarães, Pedro Simon, Leonel Brizola, Aloísio Alves, Dinarte Mariz, Agenor Maria e tantas outras grandes personalidades que enalteceram a política brasileira.

Outro fato no meio do vai-e-vem de políticos nos partidos, em alguns casos, o interesse financeiro ou cargo é o que mais predomina, deixando de lado muitas vezes o seu projeto político. Fatos como estes são o que se tem visto na mídia brasileira. A maior prova disso pode ser visto no próximo pleito de outubro deste ano, onde lideranças políticas irão apoiar candidatos que não fazem parte do seu agrupamento político. Esse apoio tem haver com os princípios partidários? Evidentemente que não. Se bem que, se tratando de eleição para governo, as alianças e coligações são as mais estranhas possíveis.

FIDELIDADE PARTIDÁRIA V Outro fato bastante importante de frisar, é que o pleito para governo não serve somente de termômetro para a próxima campanha para prefeito, como pode ser também chamado de tempo de colheita financeira, visto que, quem está na política quer renovar seu mandato, já os que estão fora do cenário político, não só precisa de apoio político como apoio financeiro.

Portanto, a procura para ser cabo eleitoral no pleito eleitoral deste ano começou mais cedo dos que muitos imaginam, na verdade essa procura começou desde o ano passado. A caça por candidatos é tão intensa e importante ao mesmo tempo, que muitos abrem mão de apoiar antigos aliados visando somente o seu interesse pessoal e financeiro e nada mais.

Glauco Araújo

Areia Branca (RN), Junho de 2010.

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