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Opinião: Eleições gerais de 2010, prévias para a campanha municipal em 2012

101_2423 A campanha eleitoral deste ano serve como uma prévia para uma possível mudança no quadro político para as eleições municipais de 2012. Mesmo faltando mais de dois anos e meio para o pleito municipal de 2012, as estranhas coligações para as eleições deste ano têm demonstrado um quadro um tanto quanto “inusitado”, muito embora saibamos que se tratando de política nada é estranho e tampouco inusitado.

O atual quadro político areia-branquense está bastante indefinido com relação ao grupo oposicionista, pois, muitas lideranças se encontram afastados politicamente, fato este, resquícios das últimas campanhas municipais.

Porém, com o início da campanha para governo, recentes desafetos parece se reaproximarem, para juntos caírem em campo atrás do valiosíssimo ouro, os votos, que a cada dois anos são lembrados e vistos com olhos de lince pelos políticos.

Já o grupo da situação parece navegar em “águas tranqüilas”, pois, mesmo estando dividido em nível de Estado o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) do atual vice-prefeito Bruno Filho, o bloco governista optou por apoiar um só candidato ao governo, o atual governador Iberê Ferreira de Souza.

Por outro lado, um dos segmentos da oposição parece que vai tomar rumos diferentes, já que o ex-vereador e ex-candidato a prefeito, Francisco Antonio de Macedo (PR), manteve a confirmação de apoiar o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT).

COMÍCIO DE ROSALBA A outra ala do grupo oposicionista liderada pelos ex-prefeitos Expedito Gomes Leonez, Ruidemberg (Beguinho) e José Alfredo Rodrigues Rebouças anunciaram que irão trabalhar para a candidata ao governo, a atual senadora Rosalba Ciarline do (DEM). Dividindo assim, o seu eleitorado, fato esse que pode trazer um saldo negativo para as eleições desse ano como também para o próximo pleito municipal.

Se concretizada essa divisão no grupo oposicionista para as eleições deste ano e dependendo de quem será o próximo governador do Estado, dificilmente o grupo terá forças e ou, algum nome forte para a próxima campanha municipal. Afinal, todos querem mostrar suas forças políticas no pleito deste ano, mesmo “atropelando” antigos aliados políticos e fazendo “aliança” com antigos desafetos.

É cedo falar nas próximas eleições municipais? Claro que não, mesmo porque, a campanha para governo que já está nas ruas é o princípio para a formação de um novo quadro político de Areia Branca, assim, sejam concretizadas às previstas alianças. É bem verdade que se tratando de campanha municipal, nada está definido, porém, é importante frisar que o atual momento da política areia-branquense, muitos fatos e mudanças tendem a se definir ainda este ano.

VITORIA DO POVO II Previsível no atual cenário político areia-branquense, somente o consenso do grupo situacionista em apoiar a reeleição do atual governador Iberê Ferreira de Souza.

Um fato previsível em uma campanha para governo são as conseqüências que ela pode trazer para o cenário político de diversos municípios quando se trata de possíveis alianças, pois, são justamente nessas alianças que muitas vezes ela pode trazer estabilidade para um determinado grupo político como também pode desestabilizar outros grupos, visto que, com exceção do voto para governo, o leque de opções de candidatos tanto para o Senado quanto para a Câmara Federal e Legislativo estadual é imensa, fator esse que faz com que antigos aliados se tornem adversários, mudando assim o quadro político.

No caso de Areia Branca a situação que está se configurando é a de que o grupo oposicionista, como citado anteriormente, siga caminhos diferentes deixando bem claro o que poderá vir futuramente para possíveis alianças em nível de campanha municipal.

Vale salientar que nas duas últimas campanhas municipal o bloco da oposição teve bastante complicação na formação de suas chapas majoritárias, sendo esse um dos fatores negativos para a campanha de seus candidatos durante as duas últimas eleições municipais. É sabido que na política, não se constrói uma campanha em seis meses, principalmente quando determinado grupo se encontra em desarmonia com seus projetos pessoais e políticos há algum tempo.

· Glauco Araújo, Areia Branca (RN)

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