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Josélia Cruz era uma pessoa alegre e cheia de vida até o fatídico acidente (Foto: Arquivo da família)

Morre a professora e carnavalesca Josélia Cruz, vítima de acidente doméstico ocorrido há cinco anos

Josélia Cruz era uma pessoa alegre e cheia de vida até o fatídico acidente (Foto: Arquivo da família)

Por Luciano Oliveira 

Faleceu na madrugada desta sexta-feira, 28, a professora aposentada Josélia Ferreira da Cruz, 66 anos, que estava acamada há quase cinco anos, após sofrer um grave acidente doméstico.

Profissional competente, Josélia foi professora do Estado e do município de Areia Branca, com atuação marcante ao longo da sua trajetória. Levava a educação a sério. É tanto, que juntamente com amigos professores, criaram uma escolinha para atender as crianças dos conjuntos residenciais IPE e Salinópolis, considerando a dificuldade de algumas crianças se deslocarem para o centro da cidade, na época. A ideia deu certo e a escolinha deu lugar à atual Escola Municipal Nossa Senhora Auxiliadora, que funciona no IPE.

Versátil e extrovertida, Josélia encampou muitas campanhas de cunho solidário. Aliado à educação, ela tinha uma paixão pelo samba. Tinha uma ligação forte com a Escola de Samba Gavião Imperial, que fez muito sucesso nos carnavais de Areia Branca.

Em 2002, Josélia fundou uma nova escola de samba na cidade, a Unidos da Salinésia, que “nasceu” de uma “costela” de tradicional Gavião Imperial. Houve uma dissidência na Gavião e a carnavalesca aproveitou os ex-integrantes e iniciou a formação de sua própria escola de samba.

Para isso, ela transformou a sua residência no IPE, em barracão, onde os carnavalescos se reuniam para ensaios e realizar os trabalhos de rotina da escola, como conserto de instrumentos, confecção de fantasias e adereços.

Por 10 anos seguidos a escola de samba Unidos da Salinésia levou suas cores e a alegria contagiante dos seus integrantes às ruas da cidade. Ao completar uma década de história, em 2012, a escola teve seu projeto selecionado pelo Edital do Carnaval do Governo do Estado.

Mas o relógio do tempo parou para a professora Josélia Cruz em 2017. No dia 13 de fevereiro daquele ano, o portão de ferro do muro da sua residência desabou sobre ela, atingindo em cheio a sua cabeça. De lá para cá, foram quase cinco anos acamada permanentemente, até sua morte, nesta sexta-feira.

O velório acontece na Câmara Municipal de Areia Branca e o sepultamento será às 17h, no Cemitério Público São Sebastião.

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Jhonny maxwel
2 anos atrás

Meus sentimentos. Realmente uma grande mulher e guerreira. Descanse em paz joselia.

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