O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, disse nesta quarta-feira, 2, durante cerimônia de transmissão de cargo, que o Brasil não será “porto seguro” para criminosos. Ele afirmou, ainda, que o Brasil não negará cooperação em investigações por “motivos político-partidários”.
Transmitiram o cargo para Moro os ex-ministros Raul Jungmann (Segurança Pública) e Torquato Jardim (Justiça). Também participaram da cerimônia, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, e presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cláudio Lamachia, e o novo comandante do Exército, Edson Leal Pujol.
“Não deve haver portos seguros para criminosos e para o produto de seus crimes. O Brasil não será um porto seguro para criminosos e jamais, novamente, negará cooperação a quem solicitar por motivos político-partidários”, disse o ministro.
Para Moro, ex-juiz federal da Operação Lava Jato, o desvio de recursos públicos atinge os “mais vulneráveis”. O ministro afirmou, ainda, que a corrupção não deve ser combatida apenas com investigações e condenações criminais. Ele defendeu políticas gerais que diminuam incentivos e oportunidades de praticar o crime.
“O brasileiro, seja qual for sua renda – e lembremos que o desvio de recursos públicos atinge mais fortemente os mais vulneráveis, tem o direito de viver sem medo da violência e sem medo de ser vítima de um crime pelo menos nos níveis epidêmicos atualmente existentes”, acrescentou Moro.
O novo ministro disse que pretende trabalhar em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na implementação de melhores políticas penitenciárias e de segurança pública.
A equipe de Sérgio Moro
Luiz Pontel, Secretário-executivo do MJ;
Maurício Valeixo, Diretor-geral da Polícia Federal;
Rosalvo Ferreira, Secretário de Operações Policiais Integradas;
Fabiano Bordignon, Diretor do Departamento Penitenciário Nacional;
Roberto Leonel, do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf);
Luiz Roberto Beggiora, Secretário Nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad);
General Guilherme Theophilo, Secretário Nacional de Segurança Pública;
Adriano Marcos Furtado, Diretor da PRF;
Luciano Timm, Secretário Nacional do Consumidor;
Maria Hilda Marsiaj, Secretária Nacional de Justiça
Com informações G1 – Brasília