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Evento discutirá questões relacionadas a São Cristóvão (Foto: Karla Menezes)

Moradores de São Cristóvão e região realizam sarau e ciclo de palestras em defesa de seus territórios

Evento discutirá questões relacionadas a São Cristóvão (Foto: Karla Menezes)
Evento discutirá questões relacionadas a São Cristóvão (Foto: Karla Menezes)

A exploração de energia eólica e a especulação imobiliária vêm agredindo e ameaçando o meio ambiente, causando problemas aos moradores e modificando a paisagem das comunidades de São Cristóvão, Redonda e Morro Pintado, no litoral de Areia Branca.

Com o objetivo de alertar, sensibilizar e mobilizar os moradores dessas localidades e a sociedade em geral na defesa do território e sob a máxima de que “a praia é do povo”, a população que vem se manifestando desde o ano passado, realizará nesta sexta, 13, o Sarau da Resistência a partir das 18h, na praça de São Cristóvão.

O evento contará com a participação de artistas locais, ambientalistas, projeto interdisciplinar SER-TÃO da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), Comissão Pastoral da Terra (CPT), associações comunitárias e frequentadores da praia.

A programação do Sarau da Resistência será diversificada com música, relatos de moradores da região, palestras, exibição de vídeos e sorteio de livros.

Moradores x Facene

A empresa Faculdade de Enfermagem e de Medicina Nova Esperança (Facene) alega ter adquirido as terras de toda a região em um leilão da antiga empresa Dunas Agroindustrial.

A jovem Mizaelly Monteiro, que compõe a diretoria da Associação de Desenvolvimento Comunitário de São Cristóvão (Adesc), que está na organização do evento, relata que a comunidade vem sendo ameaçada pelas vendas irregulares de terras. “Estão querendo construir condomínios que vão atingir as dunas, cajueiros e até mesmo as falésias. Além disso, fizeram derrubadas de cercas, de barracos na praia e pertences foram tomados, ameaçando pessoas da comunidade também. Queremos nossos direitos assegurados, não só o direito de morar e a posse dos nossos terrenos, mas a proteção da nossa praia”, afirma.

De acordo com Mizaelly, “desde março de 2016 que participamos de audiências, reuniões e o sarau desta sexta-feira será um momento de reunir a comunidade e uma forma de chamar a atenção da sociedade. Não estamos parados. Precisamos de apoio e proteção. Não podemos deixar que cheguem aqui e mudem tudo”.

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