Barcaças da Frota Oceânica permanecem inativas, no cais de Areia Branca
O “abandono” de três embarcações de transportes de sal pertencentes à Frota Oceânica e Amazônica S/A que eram administradas, em forma de arrendamento, pela empresa Salinas do Nordeste Ltda. (Salinor), continua envolto em mistério.
Desde julho passado as barcaças Osmundo Faria, Dix Sept Rosado e Antônio Florêncio estão atracadas no Cais Tertuliano Fernandes, sem operar, mas com tripulantes a bordo cuidando da manutenção.
Até agora não se sabe qual será o destino das três embarcações nem das respectivas tripulações, que quando operando normalmente, totalizava cerca de 60 empregos diretos.
O aluguel mensal de uma embarcação dessa, que tem capacidade para transportar 1.500 toneladas cada uma, é em torno de R$ 150 mil.
Segundo apurou o Blog, a desativação das barcaças da Frota Oceânica e da divisão marítima da Salinor em Areia Branca teria ligações com um rumoroso processo que corre na Justiça, envolvendo o Grupo Fragoso Pires, proprietário da Frota Oceânica e o empresário José Hamilton Mandarino, ex-vice-presidente do clube Vasco da Gama, do Rio de Janeiro (RJ), então controlador da Frota Oceânica e da Salinor.
Mandarino: tropeços de gestão à frente da empresa Salinor
Curiosamente as barcaças da Frota Oceânica e Amazônica deixaram de operar no transporte de sal das salinas de Areia Branca e Macau para o Porto-Ilha, um ano depois de Mandarino ter sofrido derrota no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) num processo cujos autores são José Carlos Fragoso Pires, Pamar Participações Marítimas S/A, Cope Participações e Empreendimentos Ltda., e Frota Oceânica e Amazônica S/A. Motivo da ação: a gestão abusiva de Mandarino frente à Salinor.
Em Areia Branca, a Salinor como arrendatária das barcaças da Frota Oceânica não existe mais. Ou melhor, existe como empresa, mas por meio da sua subsidiária Navenor.