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Marina Silva nasceu pobre, foi alfabetizada pelo Mobral e passou fome com a família

ELEIÇÕES 2010 OFICIAL Fechando o ciclo da breve biografia dos principais candidatos à Presidência da República, a vez agora é de Marina Silva (PV). Ela foi alfabetizada aos 16 anos pelo antigo Mobral. Aos 26 anos, formou-se em história pela Universidade Federal do Acre. Militou no PT desde a sua fundação e filiou-se ao partido em 1985. Foi vereadora, deputada estadual e senadora por duas vezes, cargo que ocupa atualmente. Em 2009, anunciou a sua desfiliação do PT.

No intuito de melhor orientar o eleitor na hora de decidir o seu voto, o Blog publica uma breve biografia dos três principais candidatos à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E encerra com a candidata do PV, uma das gratas surpresas nas eleições deste ano.

MARINA OFICIAL Filha de família pobre, Maria Osmarina Marina Silva de Lima (foto) nasceu em 8 de fevereiro de 1958 em uma casa sobre palafitas localizada em Seringal Bagaço, no Acre. Seus pais, Pedro Augusto e Maria Augusta da Silva, eram seringueiros e tiveram 11 filhos, dos quais 8 sobreviveram. Chegou a passar fome e, aos 16 anos, mudou-se para Rio Branco (AC), onde foi alfabetizada pelo Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização); pouco depois, teve na função de empregada doméstica seu primeiro emprego.

Ainda jovem, foi aspirante a freira em um convento da capital acriana. Participou das CEBs (Comunidades Eclesiais de Base) e, em 1981, ingressou no curso de História da Universidade Federal do Acre, onde entrou em contato com os ideais marxistas e aproximou-se do PRC (Partido Revolucionário Comunista), à época abrigado dentro do Partido dos Trabalhadores (PT).

Marina passou a trabalhar como professora de ensino médio e atuou no movimento sindical, tornando-se aliada de Chico Mendes, com quem fundou a Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Acre em 1984.

No ano de 1985, filiou-se ao PT, apesar de ter militado no partido desde a sua fundação e, em 1986, concluiu o ensino superior. Em 1988, foi a vereadora mais votada para a Câmara Municipal de Rio Branco; dois anos depois, foi eleita deputada estadual com a maior votação do Acre. Pouco depois, foi submetida a um longo tratamento devido à contaminação por metais pesados ocorrida quando ainda vivia em seringais.

Em 1994, candidatou-se ao Senado, tornando-se, aos 36 anos, a senadora mais jovem da história da República. Reelegeu-se em 2002, com votação quase três vezes maior que a anterior.

Em 2003, assumiu o Ministério do Meio Ambiente do governo Lula, posto que lhe assegurou reconhecimento internacional e popularidade interna. Em sua gestão, conseguiu diminuir o desmatamento na Amazônia em 60% entre 2004 e 2007, segundo a Sophie Foundation, que a premiou em US$ 100 mil por seus esforços em defesa da floresta.

Em 2007, Marina foi agraciada com o prêmio “Champions of the Earth”, da ONU (Organização das Nações Unidas), por sua luta pela conservação da Amazônia. No mesmo ano, o jornal britânico The Guardian apontou a senadora como uma das “50 pessoas que podem ajudar a salvar o planeta”.

Permaneceu no cargo até maio de 2008, quando se desligou do cargo após atritos com ministérios ligados às áreas de infraesturtura e desenvolvimento. Em 2009, Marina saiu do PT alegando falta de sustentação política para seus projetos. Filiou-se ao PV em agosto do mesmo ano. Evangélica, Marina atualmente frequenta a Assembleia de Deus; é casada com Fábio Vaz de Lima e tem quatro filhos.

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