Com aumento no número de mortes e o risco de colapso no sistema funerário, Manaus teve enterros noturnos na segunda-feira, 27. A média já é de 100 sepultamentos por dia e os corpos passaram a ser empilhados na mesma vala comum no Cemitério Nossa Senhora de Aparecida, o principal da cidade.
Na noite de segunda-feira, a Rede Amazônica flagrou o movimento no cemitério, que realizava enterros com a ajuda de refletores para iluminar sepulturas e máquinas. Os caixões agora dividem a mesma cova, separados apenas por uma tábua. Até a segunda-feira, o Amazonas já registrava mais de 3,9 mil casos de Covid-19, com 320 mortes.
Média de 100 enterros por dia
O novo procedimento de empilhar caixões e realizar enterros à noite foi tomado por conta do aumento drástico no número de sepultamentos na capital. No domingo, 26, Manaus registrou o maior número de enterros feitos desde o início da pandemia, com 140 em 24 horas.
Há uma semana, a média diária de enterros na cidade passou a ser de 100. Antes, a média era de 30 sepultamentos por dia, segundo o Sindicato das Empresas Funerárias do Estado (Sefeam).
A prefeitura já passou a oferecer e sugerir que famílias optem pela cremação, oferecida em parceria com uma empresa privada. Há uma semana, o cemitério recebeu a instalação de contêineres frigoríficos para comportar os corpos. (Com informações G1 AM).