O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comunicou ao presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, que ele está fora da empresa.
Prates se despediu na tarde desta terça-feira, 14, de seus diretores e comunicou à equipe que Magda Chambriard será a nova presidente da Petrobras. Ela foi diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP) no governo Dilma Rousseff (PT).
O Conselho de Administração da companhia , segundo apurou a equipe do blog, ainda não foi informado sobre a demissão de Jean Paul Prates.
Após a publicação pela imprensa da demissão de Jean Paul Prates, a empresa informou por meio de um comunicado que Prates convocou uma reunião para que o Conselho de Administração da companhia delibere sobre o “encerramento antecipado de seu mandato como presidente” da estatal “de forma negociada”.
Ainda segundo a nota, o CEO pretende apresentar sua renúncia ao cargo de membro do conselho após a confirmação de seu desligamento do comando da Petrobras.
Na interpretação de conselheiros e executivos, a ida de Magda para a estatal representa uma vitória da linha intervencionista do governo sobre a empresa no momento em que o presidente Lula pressiona a petroleira a licitar e acelerar obras polêmicas como o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
Segundo um aliado histórico de Lula, a nova CEO foi apadrinhada por lideranças do PT da Bahia, como o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o líder do governo no Senado Federal, Jaques Wagner.
Em uma mensagem enviada a aliados por WhatsApp, em tom de desabafo, Jean Paul Prates afirmou que sua missão à frente da Petrobras “foi precocemente abreviada na presença regozijada de Alexandre Silveira e Rui Costa”.
“Não creio que haja chance de reconsideração”, lamentou o CEO demissionário. “Só me resta agradecer a vocês e torcer que consigam ficar ou se reposicionar. Contem comigo no que eu puder fazer”.
Processo de fritura
O CEO da Petrobras enfrentou nos últimos meses intensa fritura interna no governo, acumulando disputas com Costa e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que almejavam ampliar o poder sobre a estatal.
Com informações O Globo