Neste domingo, 19, a cidade de Areia Branca irá render as últimas homenagens ao seu filho ilustre José Nicodemos de Souza, que faleceu na tarde deste sábado, 18, em Mossoró, de morte natural, aos 86 anos.
As informações colhidas dão contas que o corpo será velado no Centro de Velório de Mossoró das 22h deste sábado às 7h deste domingo. Em seguida, o corpo será trazido para Areia Branca, ficando na Câmara Municipal de Areia Branca até às 16h, quando será levado para sepultamento no Cemitério São Sebastião, local.
Natural de Areia Branca, José Nicodemos foi professor e diretor escolar, poeta, vereador na legislatura 1977-1981, período em que foi presidente da Câmara. Foi ainda, correspondente comercial, radialista, jornalista e escritor. Nasceu em 16 de março de 1938. Filho de Manoel Jorge de Souza/Ilda Bezerra de Souza. A partir de 1986 passou a residir em Mossoró atuando no extinto jornal Gazeta do Oeste e por último no jornal De Fato.
O Hino de Areia Branca é de autoria de José Nicodemos. Ele também escreveu o livro de crônicas “Rastros nas Areias Brancas”, onde relata suas lembranças sobre a cidade natal. Antes, ele tinha lançado “A velhinha de preto”.
José Nicodemos era casado com Marinete, com quem teve cinco filhos: Marcos Túlio, Aristida Zená, Jean Paul Sartre, Gabriela (in memoriam) e Públio Virgílio.
Hino do município de Areia Branca
Letra e música: José Nicodemos de Souza
I
Junto ao mar, entre os raios alegres,
Deste sol de beleza invulgar
Tu nasceste ó terra querida,
Sobre areias da cor do luar,
II
Pequenina, no entanto, a grandeza,
Do Estado, altaneira, constróis,
Com o sal do teu mar generoso,
No teu solo que é berço de heróis,
III
És o berço de audazes marujos,
Cuja audácia é um cruzeiro de luz,
A luzir sobre os mares gigantes,
Onde a virgem o barco conduz.
IV
As salinas luzentes paisagens,
Imaginam em telas de sol…
São as vigas de nossa pujança,
Sustentando da história do farol.
V
O porto-ilha a brilhar, sobranceiro,
Como estrela caída no mar…
O teu nome eleva e propala,
Noutras terras, feliz, a cantar.
CORO
Areia Branca, terra amada,
Terra do sol, terra do sal,
És a sereia majestosa,
Rindo esmeralda ao litoral…
Era um preocupado com a língua portuguesa, sempre disposto a orientar quem dele precisasse. Que descanse em paz.