Novo terminal entrou em operação neste sábado (Foto: Fernanda Zauli/G1)
O deputado federal Henrique Alves (PMDB) participou na manhã deste sábado, 31, da solenidade que marcou o voo inaugural do Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, onde conheceu as instalações, participou do lançamento do selo dos Correios alusivo ao evento e depois falou aos presentes, relembrando a trajetória de luta para o sonho do aeroporto se tornar realidade.
“Hoje é uma manhã histórica. Dom Jaime (Vieira arcebispo de Natal) deu sua benção. Jaime (o prefeito de São Gonçalo do Amarante, Jaime Calado) se emocionou e todos fizemos este sonho se tornar realidade. Quantas vezes fomos até ao presidente Lula, junto com a então governadora Wilma Faria. Depois junto com ela nós fomos até a presidente Dilma, mas hoje revelarei um fato que foi de importância para que o aeroporto estivesse concluído” disse o deputado Henrique Alves.
Henrique Alves falou durante a solenidade que marcou o voo inaugural do novo aeroporto
Ele revelou um episódio de embate com o então ministro Nelson Jobim. “Fomos até um jantar no Palácio da Alvorada, eu era o líder do PMDB, e fomos falar do apoio do partido na candidatura da então ministra Dilma para a presidência da República. Quando estava indo para lá me encontrei com o ministro Nelson Jobim e perguntei pelo projeto ou pela minuta do aeroporto de São Gonçalo. O ministro me respondeu que não poderia criar uma lei só para o RN. Iria sim, criar a lei para todo o País. Eu reclamei que não tinha sido este o compromisso do presidente Lula e, assim, os aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais seriam mais atrativos. O ministro repetiu que não poderia criar uma Lei só para beneficiar o RN”.
Henrique continuou: “No jantar sentei ao lado da Ministra Dilma e ela me perguntou: o que foi, líder, o que está havendo? Expliquei a ela e a mesma acrescentou que depois do jantar conversaríamos. Terminamos de Jantar ela chamou o Ministro Jobim, que lhe repetiu a mesma coisa e ela disse que deveria ser como antes. O ministro disse para ela, se este é o seu desejo…, ela disse: não é o desejo do presidente Lula”, contou emocionado.
Ao lado de autoridades, Henrique Alves participou do lançamento do selo dos Correios alusivo ao evento
O deputado ainda acrescentou que no dia em que Lula veio assinar no RN a realização da obra numa parceria público-privada foi cumprimentar o Ministro Jobim. “Falei que o cumprimento era pelo nosso aeroporto e ele me respondeu: nosso não, seu”. Henrique disse que, mesmo assim, ficou contente por ser uma obra que geraria empregos e daria muito mais desenvolvimento para o RN.
O deputado lembrou que antes quem vinha da Europa, dos Estados Unidos ou de qualquer país da África ou Ásia, passava por cima o RN para desembarcar em SP, RJ ou MG e lá fazer negócios, turismos. “Agora, não, vai parar no nosso Estado, mudando o foco do desenvolvimento”. O maior avião do mundo, com capacidade para 820 passageiros, não parava na América Latina por não ter uma pista para recebê-lo. “Agora tem esta pista, aqui no RN, aqui em São Gonçalo do Amarante”, adiantou o deputado.
Wilma de Faria e Henrique conheceram as instalações do terminal
Falando em estatística, Henrique Alves disse que no ano passado o aeroporto Augusto Severo, em Parnamirim, recebeu 2.200 turistas. A capacidade do de São Gonçalo é de 6 milhões de turistas e com possibilidade de ir a treze milhões. O espaço para cargas era de quatro mil metros quadrados em Parnamirim. Em São Gonçalo a área é de 40 mil metros quadrados.
Com relação ao nome do aeroporto, Aluízio Alves, afirmou que não foi uma decisão dele e sim uma aprovação por unanimidade no Congresso Nacional. “Esse nome é associado à ousadia, crescimento, sonho, o nome como é merecido”. Depois, emocionado, falou: “Pai onde quer que você esteja ai está a homenagem ao seu nome e que nunca se esqueçam quem você foi”, finalizou o deputado.
Wilma e Henrique foram saudados pelos presentes durante a solenidade
O Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves foi o primeiro aeroporto brasileiro a ser concedido pelo governo federal à iniciativa privada, ainda em 2011, quando o Consórcio Inframérica o arrematou em leilão. É o primeiro administrado exclusivamente pela iniciativa privada.
Fotos: Cláudio Abdon