O candidato ao Planalto pelo PT, Fernando Haddad, não atrela o seu crescimento nas pesquisas de intenção de voto puramente ao apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas ao projeto que o partido oferece.
Em entrevista ao Jornal da Globo na quarta-feira, 19, o petista disse que se “fosse só isso (apoio de Lula) haveria transferência para todo lugar onde ele apoia e não funciona automaticamente”.
As afirmações foram feitas após a jornalista Renata Lo Prete questionar se a indicação de Lula para Haddad ser o candidato do PT não faria do ex-prefeito de São Paulo um presidente fraco, uma vez que a origem do poder seria outra.
Haddad respondeu que a decisão de quem irá representar o projeto do PT é mais complexa do que apenas a indicação de Lula. “Nós temos um projeto, obviamente o presidente Lula é quem mais encarna esse projeto porque tem 40 anos de estrada e a confiança da população, então eu não vou negar que a liderança é dele, porque ela é mundial, mas o nosso partido é mais complexo com várias forças políticas”, afirmou Haddad.
As intenções de voto para o petista dispararam na última semana. O levantamento do Ibope divulgado na terça-feira, 18, trouxe o petista com 19% das intenções. No Datafolha, divulgado na quarta (19), Haddad teve 16%. Em agosto, Haddad apresentava 4% em ambos.
Outro tema polêmico é o possível indulto que Haddad poderia assinar para o ex-presidente Lula se eleito. Quando questionado pela jornalista Lo Prete se existe essa possibilidade Haddad respondeu: “olha, eu repito o que eu disse na CBN, de que não“. A jornalista insistiu: “não haverá indulto é a sua palavra final?”. “É”, ele disse.
A especulação sobre o possível ato de Haddad ganhou força após o governador de Minas Gerais e candidato à reeleição, Fernando Pimentel (PT), dizer no sábado, 15, a líderes políticos ter “certeza” de que Haddad assinaria 1 indulto para o ex-presidente Lula caso fosse eleito. (Com informações Poder360).