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O potencial do Rio Grande do Norte na geração de energias limpas

Governo discute hidrogênio verde e projetos offshore com dinamarquesa Orsted

O potencial do Estado na geração de energias limpas foi apresentado durante o encontro (Foto: Sedec/Assecom)

Uma equipe da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec) realizou na quarta-feira, 2, audiência com a companhia dinamarquesa Orsted, especializada em energias renováveis. O consulado da Dinamarca também atendeu à solicitação da Sedec e prestou apoio técnico ao encontro. Os representantes do Estado convidaram a empresa a colaborar com futuros projetos em energia eólica offshore e produção de hidrogênio verde. A reunião virtual contou ainda com a presença do professor Mario González (UFRN), pesquisador à frente dos estudos para instalação de um porto-indústria no RN, que apresentou o potencial do Rio Grande do Norte na geração de energias limpas.

Para o secretário de desenvolvimento econômico, Jaime Calado, mesmo contando atualmente com a presença das 14 maiores empresas mundiais de geração eólica, o Rio Grande do Norte deve seguir ativo na busca por novas parcerias para manter a liderança nacional no segmento e se consolidar também em novos mercados, por isso “o Governo do Estado, liderado pela governadora Fátima Bezerra, está priorizando a energia eólica offshore e o hidrogênio verde”.

O coordenador de desenvolvimento energético, Hugo Fonseca (Sedec), explicou que o Estado já possui as cinco principais matrizes de geração limpa e que é preciso “ampliar para as novas fronteiras de renováveis”. O coordenador explicou também o convite feito à Orsted. “A gente quer estabelecer uma parceria de conhecimento, de troca de informações; que tanto a gente possa desenvolver a eólica offshore no RN, com produção de hidrogênio verde, como também que eles tenham acesso às informações sobre o mercado brasileiro para investir aqui”.

O propósito casa com os planos da empresa, cujas operações serão cada vez mais expandidas para a América do Sul. “Nós não temos negócios no Brasil ainda, mas estamos muito interessados em buscar esse mercado porque o potencial é muito bom, com ventos propícios ao offshore e por ser um país emergente, que necessita de novas fontes de energia”, informou Maxwell Cohen, da equipe de crescimento de negócios na América.

O representante também pontuou que a empresa acompanha os avanços da regulação para a indústria offshore no Brasil e que a companhia colabora com a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEólica) neste progresso. Os dois membros da Orsted se mostraram animados com os dados apresentados pelo professor Mario González, em especial com o fator de capacidade de 61% para a geração eólica no mar e com o projeto do porto-indústria, que será ponto de partida para viabilizar o offshore no RN.

A Orsted fornece energia eólica, solar e de hidrogênio verde para diversos países do mundo. A empresa foi eleita a mais sustentável do mundo no segmento nos últimos três anos. Além disso, o diretor Tomas, que também faz parte da equipe de investimentos na América, explicou que a empresa pretende somar 50 GW de capacidade instalada até 2030, o que vai transformá-la na maior empresa de renováveis do mundo.

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