Golpistas prometiam transformar papel em branco em dinheiro como em passe de mágica

Um grupo especializado em falsificação de dinheiro foi desmontado pela Polícia Civil de Goiás, com apoio da Polícia Civil de São Paulo. A operação, deflagrada na capital paulista, tinha como foco uma associação criminosa internacional voltada para a prática de estelionatos de grande porte. Duas pessoas foram presas.
A operação ocorreu na quarta-feira, 27, em São Paulo. De acordo com a PCGO, o grupo é especializado na prática de um golpe conhecido internacionalmente. Conforme explicação da corporação, os criminosos simulavam ter o conhecimento necessário para transformar papel comum – até então branco ou preto – em dinheiro vivo, por meio de processos químicos de pigmentação por contato.
“Alquimia”
As vítimas acompanhavam o processo e acreditavam que, de fato, o papel comum tinha sido transformado em dinheiro vivo. Mas, na verdade, tratava-se apenas de um golpe. Um recipiente onde estariam as folhas de papel comum era trocado por uma embalagem onde estava dinheiro de verdade.
Daí, o dinheiro era exibido aos “investidores”. Acreditando na história, as vítimas aceitavam trocar parte de seus bens em estabelecimentos comerciais pelo investimento vindo desse processo de multiplicação de valores.
Prejuízos
Segundo a polícia, os criminosos são do continente africano. Mais de 10 mandados foram expedidos e, ao longo da operação, dois camaroneses foram presos. Ainda segundo a corporação, foram recolhidos milhares de reais em notas falsas na casa dos suspeitos.
De acordo com a PCGO, os suspeitos prometiam para as vítimas que, para que a transformação do papel em dinheiro fosse bem-sucedido, era necessário ter acesso a dinheiro real das vítimas. Com isso, quando elas entregavam os recursos, os estelionatários tomavam posse dos valores e devolviam notas grosseiramente falsificadas e/ou papel comum em uma maleta.
O grupo dizia ainda que a maleta não podia ser aberta imediatamente. A explicação: em razão do suposto processo químico para a transformação da nota, a mala deveria ficar fechada. Porém, tempos depois, quando a vítima abria o objeto, descobria que tinha sido vítima de uma fraude.
Ao longo das investigações, foi possível detectar que o grupo movimentou volumes milionários de dinheiro. Somente uma das vítimas, em Goiás, teve prejuízo patrimonial estimado em R$ 200 mil.
Com informações Metrópoles