Por Luciano Oliveira
Com mais de um século de tradição, pela primeira vez a festa de Nossa Senhora dos Navegantes, padroeira dos marítimos em Areia Branca, poderá não acontecer em seu formato original com novenas, procissões e shows em praça pública, em razão da grave crise de saúde pública decorrente da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Um dos maiores eventos sociorreligiosos do interior do RN, a Festa de Agosto, como é conhecida além das fronteiras do Estado, atrai anualmente milhares de visitantes, entre fiéis, devotos da santa e filhos ausentes (areia-branquenses que residem em outras cidades).
Ao longo dos anos a festa acontece no período de 5 a 15 de agosto, em dois momentos: a programação religiosa desenvolvida pela Paróquia Nossa Senhora da Conceição, e a parte social que foi resgatada pela atual prefeita Iraneide Rebouças (PSDB). É um dos pontos altos dos festejos, por trazer para o município grandes atrações musicais de renome nacional.
Diante das previsões nada otimistas das autoridades sanitárias com relação à velocidade de contaminação pelo vírus, é pouco provável que até agosto eventos de grande porte, como é o caso da Festa de Agosto, sejam liberados. Os festejos juninos, por exemplo, já foram cancelados em praticamente todo o país.
Em Areia Branca, atendendo às orientações das autoridades e dos profissionais de saúde, as diversas denominações religiosas se juntaram ao esforço global de contenção da disseminação do vírus. Missas e cultos, dias em que as igrejas e templos religiosos recebem um grande número de fiéis, passaram a ser transmitidos ao vivo pela internet.
Essa mudança de hábito dos religiosos, imposta pela pandemia, tende a continuar até que definitivamente todos fiquem livres dos riscos de contrair a doença. O momento exige que se evite locais de grande aglomeração de pessoas e mantenha o isolamento social. É prudente. E necessário.