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O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, durante entrevista coletiva após cerimônia de sanção da lei de combate às fraudes no sistema previdenciário, no Palácio do Planalto.

Evento com Bolsonaro em Mossoró deve ser remarcado nos próximos 60 dias, diz Rogério Marinho

Rogério Marinho explicou razões do cancelamento da vinda do presidente (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cancelou a viagem que faria nesta quinta-feira, 12, à tarde a Mossoró (RN), por razões de segurança sanitária contra o novo coronavírus e para se dedicar à negociação sobre o Orçamento com o Congresso Nacional. Estavam previstos anúncios de ações do governo federal para o Estado.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, disse que o evento deve ser remarcado nos próximos 60 dias. Também integrariam a comitiva os ministros Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e da Agricultura, Tereza Cristina.

“Infelizmente tivemos que adiar esse nosso encontro em razões de segurança sanitária. A decretação ontem pela OMS [Organização Mundial da Saúde] de pandemia mundial [para o coronavírus] nos obriga a ter uma maior segurança com a figura do presidente da República e com as pessoas que estão no seu entorno. Então, por esse motivo e em função da necessidade de o presidente se debruçar em relação a problemas que ocorrem na votação do Orçamento e de vetos que foram apreciados ontem pelo Parlamento, o presidente vai precisar adiar esse encontro”, disse Marinho.

No Brasil, há 60 casos confirmados da doença, batizada de Covid-19 e 930 casos suspeitos são monitorados.

Na quarta-feira, 11, a OMS declarou pandemia para o novo coronavírus, quando uma epidemia – grande surto que afeta uma região – se espalha por diferentes continentes com transmissão sustentada de pessoa para pessoa. Atualmente, há mais de 115 países com casos declarados da Covid-19.

A questão da gravidade da doença não entra na definição da OMS de pandemia que leva em consideração apenas a disseminação geográfica rápida que o vírus tem apresentado.

Votações no Congresso

Também na quarta-feira, em sessão conjunta do Congresso Nacional, deputados e senadores derrubaram o veto do presidente Bolsonaro ao projeto que aumenta o limite da renda familiar para recebimento do Benefício de Prestação Continuada (BPC). O texto segue para sanção.

O BPC é um benefício assistencial equivalente a um salário mínimo, pago a pessoas com deficiência e idosos partir de 65 anos com até um quarto de salário mínimo de renda familiar per capita.

A lei aprovada no Congresso e vetada por Bolsonaro alterava exatamente o teto da renda, ampliando o número de pessoas aptas a receberem o benefício. Com a derrubada do veto, portanto, o pagamento será feito a famílias com até meio salário mínimo de renda per capita.

Já na Comissão Mista de Orçamento (CMO), os parlamentares concluíram a análise dos projetos de lei do Congresso Nacional (PLNs) que tratam da regulamentação do Orçamento Impositivo, encaminhados pelo governo federal ao Legislativo na semana passada.

Após dois dias de debates e impasses, a comissão aprovou os dois projetos de lei que ainda estavam pendentes de análise. Ao todo, o Executivo enviou três projetos que definem o uso de cerca de R$ 30 bilhões dos recursos do Orçamento. A medida fez parte do acordo que manteve os vetos presidenciais sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) na sessão conjunta do Congresso Nacional também na semana passada. Os projetos seguem para análise de deputados e senadores em sessão conjunta do Congresso. (Com informações Agência Brasil).

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