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Eliemara Lopes e a família venceram a Covid-19 — Foto: Cedida

Enfermeira conta experiência de toda a família ter vencido a Covid-19 em Natal

Eliemara Lopes e a família venceram a Covid-19 (Foto: Cedida)

Atuando na linha de frente no combate à Covid-19 em Natal, a enfermeira Eliemara Lopes viveu a experiência de ter toda a família infectada pelo novo coronavírus, incluindo o filho autista, de 8 anos. Todos venceram a doença. Aliviada, ela recorda os 14 longos dias de isolamento total e os momentos de aflição vividos. “Experiência assustadora, não desejo pra ninguém. Eu pensava todo dia no pior, mas cada dia de isolamento era um dia vencido e de gratidão a Deus”, disse.

Eliemara teve sintomas considerados leves, como perda de olfato e paladar. O marido chegou a sentir fraqueza, muita dor de cabeça e até cansaço. O filho mais velho, Cauã Gabriel, de 8 anos, apresentou sintomas de gripe e o mais novo, de apenas 1 ano, febre e diarreia. “A rotina era pesada”, lembra a enfermeira.

Para Cauã, que é autista, a parte mais difícil foi o isolamento total. Isso porque a rotina é muito importante para pessoas que convivem com o espectro. “Causou muito estresse nele”, conta Eliemara.

Cauã, que é acompanhado por uma equipe multidisciplinar no Núcleo Desenvolve, precisou se afastar das intervenções durante a quarentena da família, mas recebeu todo o suporte possível à distância. “Diante de um contexto de adoecimento, nosso papel enquanto terapeutas deve ser o de minimizar o que chamamos de comportamentos disruptivos e orientar a família sobre como comunicar à criança de forma objetiva o que está acontecendo”, explica Luanna Martins, psicóloga e diretora do Núcleo Desenvolve.

Luanna reforça ainda que “a previsibilidade, especialmente para os autistas, facilita no lidar com as demandas e estímulos, por isso uma nova ocorrência pode acarretar em ansiedade e comportamentos inapropriados”. “A compreensão sobre o que está ocorrendo é uma das principais barreiras que eles e suas famílias têm enfrentado ao longo da pandemia”, completou a psicóloga. (Com informações G1 RN).

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