O empresário Ratan Tata, dono de uma empresa proprietária das marcas de automóveis Land Rover e Jaguar, além de produzir o Tata Nano — considerado o carro popular mais barato do mundo —, deixou em seu testamento que boa parte de sua riqueza será destinada para o seu cão Goa, e exigiu que ele tenha “cuidados ilimitados” até o fim da sua vida. A notícia é do Metrópoles.
Ratan, que eraé indiano, exigiu em seu testamento que uma bolada de R$ 673,5 milhões fosse destinado a seu animal de estimação. O pet chegou a ser alvo de fake news, quando noticiaram sua suposta morte, há cerca de uma semana após a morte de seu tutor, mas o boato foi desmentido por veículos da mídia local.
Sem herdeiros ou esposa, era de se esperar que a herança de Tata, que morreu em Mumbai aos 86 anos, ficasse para seus irmãos. Contudo, o industrial deserdou Jimmy Tata e suas duas meias-irmãs, deixando-os fora de sua divisão de bens.
No lugar dos familiares, quem acabou ficando com a maioria da dinheirama foi o fiel cão do empresário, seu mordomo e assistente Konar Subbiah e seu cozinheiro Rajan Shaw. Os dois “humanos” precisam garantir os tais “cuidados ilimitados” preconizados por Tata em seu último pedido. Os irmãos ganharam uma pequena fração do dinheiro, quantia superada pela parcela que será dedicada à caridade.
A maior parcela da fortuna foi deixada para a Ratan Tata Endowment Foundation (RTEF), criada em 2022 como organização sem fins lucrativos, com o objetivo de continuar a tradição de bem-estar social e filantropia da Tata.
“Este testamento não é uma declaração de riqueza”, mas um “gesto de gratidão pela alegria e cuidado” que ele recebeu de seus animais de estimação e dois assessores mais próximos, disse um amigo do empresário ao The Times. Ratan deixava exigências expressas que seus seguranças permitissem a entrada de todo e qualquer cachorro que tentasse passar o portão de suas propriedades.
Em seu funeral, que causou comoção nacional, Tata foi homenageado por populares e também por famosos, como o primeiro-ministro indiano Narendra Modi e o CEO do Google, Sundar Pichai.