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Dilma diz que "terceiro turno" pode "provocar ruptura da democracia", se referindo às manifestações

Brasília- DF- Brasil- 09/03/2015- Presidenta Dilma Rousseff durante cerimônia de sanção da lei de tipificação do feminicídio. Foto: Luis Macedo/ Câmara dos Deputados

Dilma não acredita que brasileiros são do time do “quanto pior, melhor” (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou na tarde de ontem, 9, no Palácio do Planalto, que as pessoas tem o direito de se manifestar no país, mas que um terceiro turno das eleições pode provocar a “ruptura democrática”. Domingo, 8, o pronunciamento da presidente em cadeia nacional de rádio e televisão veio acompanhado de protestos por parte da população, com “panelaços”, vaias e “buzinaços”.

“Garantir o direito de manifestação é algo absolutamente, eu diria, valorizado por todos nós que chegamos à democracia e temos de conviver com as diferenças. O que nós não podemos aceitar é a violência, qualquer forma de violência não podemos aceitar, mas manifestação pacífica, elas são da regra democrática”, afirmou a presidente.

Em relação aos pedidos pelo impeachment dela, Dilma disse que as pessoas têm de aceitar que as eleições acabaram. “Eu acho que há que caracterizar razões para o impeachment e não (pode ter) um terceiro turno das eleições. No Brasil, a gente tem que aceitar a regra do jogo democrático. A eleição acabou, houve primeiro e segundo turno. Terceiro turno das eleições para qualquer cidadão brasileiro não pode ocorrer a não ser que se queira uma ruptura democrática”, argumentou.

Há diversas manifestações pedindo o impeachment da presidente marcadas para o próximo dia 15. A presidente, entretanto, disse acreditar que os brasileiros não defendem a “ruptura” da democracia.

Em relação às medidas de ajuste fiscal, defendidas por ela no pronunciamento de domingo, a presidente disse que foi à tevê para mostrar que o país precisa de estabilidade para passar “por uma fase aprofundada da crise econômica”. Ela afirmou que o país vai ultrapassar a crise e que, no fim do ano, o Brasil já deve ver um “certo” crescimento. (Com informações do Correio Web / Brasília).

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