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Equipe do Nasf percorreu as principais avenidas e comércio da cidade levando a mensagem sobre os prejuízos do fumo

Dia Mundial sem Tabaco em Areia Branca teve blitz de conscientização sobre os malefícios do fumo

Equipe do Nasf percorreu os principais pontos da cidade levando a mensagem sobre os prejuízos do fumo

Na manhã desta sexta-feira, 31, a equipe do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (Nasf) saiu às ruas de Areia Branca em uma blitz pelo Dia Mundial sem Tabaco. A ação teve como objetivo conscientizar a população que o cigarro leva ao abuso e a dependência e quem não consegue parar de fumar sozinho deve procurar tratamento especializado.

Iniciativa da Prefeitura de Areia Branca, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, a blitz de conscientização percorreu as principais avenidas e comércio da cidade levando a mensagem sobre os prejuízos do fumo.

 

O município desenvolve o Programa de Combate ao Tabagismo que conta com a atuação da equipe multiprofissional do Nasf. O programa é específico para pessoas que desejam se livrar do cigarro e dos problemas de saúde causados pelo fumo.

Vale salientar que esse trabalho é feito com as pessoas que querem parar de fumar, que tem consciência dos males do uso do tabaco para os fumantes e para quem convive com os mesmos.

Brasil teve queda no número de fumantes 

A Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, da Organização Mundial da Saúde (OMS), da qual o Brasil é signatário, contribuiu para acelerar a redução do número de fumantes, que já vinha ocorrendo no país em anos anteriores. A afirmação é da secretária executiva da Comissão Nacional para a implementação da Convenção, a médica Tânia Cavalcante, do Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Dia Mundial sem Tabaco, comemorado nesta sexta. A convenção é o primeiro tratado internacional de saúde pública com o objetivo conter a epidemia global do tabagismo

De acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), em 2017 a prevalência de fumantes era 10,1%, enquanto em 2006 atingiu 15,7%.

“O Brasil é um dos países que teve queda mais significativa na prevalência de fumantes. O último dado Vigitel de 2017 – ainda não foi lançado o de 2018 – mostra que a proporção de fumantes no Brasil era de 10% na população acima de 18 anos, o que é equivalente a 15 milhões ou 16 milhões de pessoas”, afirmou Tânia, em entrevista à Agência Brasil, acrescentando que esse não é um número desprezível porque tem impacto grande no sistema de saúde.

A convenção é um conjunto de leis, entre elas a de aumento de preços de impostos, a de restrição de vendas de cigarros a menores, de proibição de propaganda de cigarros e medidas educativas, como as campanhas de advertência sanitária nas embalagens do produto. O tratado foi ratificado pelo Congresso Nacional e promulgado pela Presidência da República em 2005.

Tabagismo mata 428 pessoas por dia no Brasil (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 80% dos tabagistas começam a fumar antes dos 18 anos. Para Tânia, a iniciação de fumantes também sofreu impacto com a redução do tabagismo no Brasil. Em 2009, 24% das crianças e adolescentes experimentavam cigarros, enquanto em 2015 eram 19%. “Ainda é um número alto, embora seja muito mais baixo que em outros países”, acrescentou.

A coordenadora disse ainda que a decisão do governo de aumentar os impostos sobre o cigarro influenciou o consumo da população de renda mais baixa e das faixas mais jovens. “Aqui no Brasil se comprova o que as pesquisas do Banco Mundial já mostravam, que essa é uma das medidas mais efetivas para reduzir o tabagismo, especialmente entre os jovens, na prevenção da iniciação e nas populações com menor renda e escolaridade. A convenção agrega valores ao que já vinha sendo feito no Brasil desde meados da década de 90”, observou.

De acordo com a pesquisa colaborativa, coordenada pelo Departamento de Avaliação de Tecnologias em Saúde e Economia da Saúde do Instituto de Educação e Ciências em Saúde (Iecs), 428 pessoas morrem por dia no Brasil em decorrência do tabagismo. Cerca de 12,6% de todas as mortes que ocorrem no país podem ser atribuídas ao consumo de cigarros. As mortes por doenças cardíacas respondem pela maior parte delas: 34,99 mil. Os dados são de 2015 e se referem a pessoas com mais de 35 anos.

Doenças

Entre as pessoas que adoecem por causas atribuídas ao tabagismo, as cardíacas atingem 477,47 mil. A pulmonar obstrutiva crônica vem em segundo lugar, com 378,59 mil casos, seguida de 121,15 mil com pneumonia, 59, 50 mil de acidente vascular cerebral, além de 73,5 mil diagnosticadas com câncer provocado pelo tabagismo. Desse total, 26,85 mil com câncer de pulmão.

Custos

A pesquisa mostrou ainda que as despesas médicas e a perda de produtividade atribuídas ao tabagismo alcançam R$ 56,9 bilhões, sendo R$ 39,4 bilhões de custos médicos diretos, o equivalente a 8% de todo o gasto com saúde e a R$ 17,5 bilhões em custos indiretos, em razão da morte prematura e da incapacidade. (Com informações Agência Brasil).

 

 

 

 

 

 

 

Fotos: Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Areia Branca 

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