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Coordenadora do Proerd é exonerada do cargo e atribui ato a perseguição do governo

Coronel Margarida Brandão estava à frente do programa há 13 anos (Foto: Reprodução)
A coronel Margarida Brandão não é mais coordenadora do Programa
Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd). Exonerada na
sexta-feira, 18, ela atribui o remanejamento a uma perseguição. De acordo com a
oficial, o Governo do Estado vem, desde junho, transferindo os policiais que
atuam no Programa e, segundo ela, a medida visa a enfraquecer o Proerd.
Margarida Brandão coordenava o projeto desde o início das
atividades, 13 anos atrás. O Proerd atua junto da comunidade escolar, realizando
palestras com estudantes de prevenção ao uso de entorpecentes.
No Diário Oficial do Estado (DOE) da sexta-feira, apareceu a
exoneração da coronel e a nomeação do tenente Wialame Bruno da Silva Barbosa
para o cargo. O DOE também traz o novo local de trabalho da oficial: o Centro de
Ensino Superior da PM. “É uma sala dentro da Academia de Polícia para onde eles
enviam os policiais que estão dando trabalho, para ficarem de castigo”, definiu
Margarida Brandão.
Margarida Brandão diz que desde o meio do ano, quando começaram
as transferências dos policiais, o Governo do Estado vem tentando “inviabilizar”
o Proerd e, como ela tem resistido e reclamado das ações do Executivo, houve
represália. “É o governo que diz uma coisa e faz outra, o Governo do assedio
moral, da perseguição”, desabafou.
O Programa atende anualmente a mais de 40 mil pessoas em todo o
Estado e está presente em 52 municípios. Para isto, hoje, conta com efetivo de
onze policiais, de acordo com o que informou coronel Margarida.
Questionada sobre as transferências no dia 11 de dezembro
passado, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed) confirmou,
por meio da assessoria de imprensa, os remanejamentos. Entretanto a pasta nega a
intenção de enfraquecer o Proerd.
Todavia não é o que pensa a ex-coordenadora do Programa. “O
Governo deveria fortalecer os projetos que já existem”, reclama. “Pela prevenção
eu vou lutar sempre, independente de onde me colocarem, vou lutar pelo que
acredito”, finalizou a oficial da PM. (Com informações do Novo Jornal,
Natal
).
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