O Agente Penitenciário, Expedito Rocha, é o criador do projeto (Foto/Reprodução: O Câmera)
O Complexo Penal Agrícola Dr. Mário Negócio, em Mossoró, está desenvolvendo um projeto de ressocialização dos presos por meio da agricultura irrigada. O Agente Penitenciário, Expedito Rocha, que também é técnico agrícola, criou esse projeto como trabalho de conclusão para o curso de gestão pública da Escola de Governo, que consistia inicialmente em produzir banana e mamão.
Em outubro do ano passado, o projeto foi adaptado e passou a incorporar outras culturas. Hoje são oito hectares e meio, com banana, melancia e milho plantados, e mais um hectare e meio sendo preparado para o cultivo de feijão.
Atualmente, 16 apenados revezam-se para realizar o trabalho. Com isso eles ganham à redução da pena, um dia para cada três dias de serviço. Além disso, 60% dos lucros obtidos com a venda dos produtos hortifruti será dividido por eles em partes iguais. Dos outros 40%, 30% ficam para a manutenção da unidade e 10% servem como pagamento para o gestor, conforme as proporções definidas pelo conselho da comunidade. O projeto compreende uma área superior a oito hectares de plantações (Foto/Reprodução: O Câmera)
A viabilidade do plantio é garantida pela irrigação com a técnica de gotejamento,e utiliza o poço próprio do Complexo Penal e mais a água excedente do presidio federal que fica nas proximidades. A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), instalou um registro de controle, no terreno do Mário Negócio.
O projeto é realizado com a colaboração de alguns parceiros, além do presídio federal, que ajuda com a irrigação, Secretaria Municipal da Agricultura de Mossoró, que disponibilizou o trator para limpeza do terreno e algumas empresas do setor agrícola de Baraúna, que doaram parte do equipamento usada no projeto. (Com informações da Assessoria de Imprensa da Sejuc).