Luciano Oliveira - [email protected]

Beija-Flor foi eleita campeã do Carnaval 2015 no Rio com enredo polêmico sobre a Guiné Equatorial

00

Beija-Flor confirma favoritismo e conquista título no Rio (Foto: Christophe Simon/AFP)

Com enredo polêmico patrocinado pela Guiné Equatorial, a Beija-Flor foi eleita campeã do Carnaval 2015 no Rio. O resultado foi revelado durante apuração das notas, realizada nesta quarta-feira, 18, na Sapucaí. Este é o 13º título da Beija-Flor. O penúltimo foi em 2011, com enredo sobre o cantor Roberto Carlos.

Desde o começo da apuração, a Beija-Flor figurou entra as primeiras colocadas. A partir do quesito mestre-sala e porta-bandeira, assumiu o primeiro lugar. A disputa foi apertada com a Salgueiro. A Viradouro, do início ao fim da apuração em último lugar, foi rebaixada para a Série A, o grupo de acesso.

A Beija-Flor foi a terceira escola a entrar na Sapucaí na segunda noite de desfiles do Carnaval carioca. Ovacionada pela plateia aos gritos de “é campeã!”, a agremiação de Nilópolis defendeu um enredo patrocinado pelo país africano comandado há 35 anos por Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, que, segundo a ONG Anistia Internacional, é acusado de violações de direitos humanos, tortura e prisões arbitrárias.

Puxado mais uma vez por Neguinho da Beija-Flor, que comemora 40 anos à frente da escola, o enredo “Um Griô Conta a História: um Olhar Sobre a África e o Despontar da Guiné Equatorial. Caminhemos Sobre a Trilha de Nossa Felicidade” levou para a avenida alegorias feitas com búzios, palha e sisal. Griô, na mitologia africana, é um contador de histórias orais.

As seis melhores colocadas voltam à avenida no próximo sábado, 21, a partir das 20h30, para o desfile das campeãs. 

Desfile

0 Raíssa-de-Oliveira

Raíssa Oliveira, rainha de bateria, brilhou na Sapucaí (Foto: Reprodução) 

A Beija-Flor de Nilópolis entrou na avenida disposta a se reabilitar do sétimo lugar obtido no Carnaval passado. Com um visual imponente, a azul e branca trouxe para a Sapucaí mais um enredo de matriz africana, tão cara à sua trajetória no Carnaval. Exaltando a Guiné Equatorial, trouxe carros alegóricos gigantescos e fantasias esmeradas.

A bateria, dos mestres Plínio e Rodney, apresentou um andamento bem cadenciado. Nos setores finais da avenida, a Beija-Flor pecou em evolução, abrindo um grande buraco entre alas após o recuo da bateria – o que acabou não atrapalhando na luta pelo título. A escola teve mais uma vez Raíssa Oliveira como rainha de bateria e também a atriz Claudia Raia como madrinha, representando uma deusa soberana. 

Print Friendly, PDF & Email

Compartilhe:

guest

0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments

publicidade