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Após reunir lideranças, Francischini e Onyx (ao fundo) definiram o nome de Marcelo Freitas (no detalhe) para relatar o projeto do governo (foto: Cleia Viana e Najara Araujo/Câmara dos Deputados)

Bandeira branca: Governo e Congresso firmam trégua pela reforma da Previdência

Após reunir lideranças, Francischini e Onyx (ao fundo) definiram o nome de Marcelo Freitas (no detalhe) para relatar o projeto do governo (foto: Cleia Viana e Najara Araujo/Câmara dos Deputados)

Após dias de discussões, indiretas e brigas, Legislativo e Executivo resolveram levantar a bandeira branca, em nome do andamento das pautas que os dois lados defendem. O sinal mais claro de que os poderes começaram a se entender foi o anúncio do relator da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), na tarde de quinta-feira, 28. A escolha pelo deputado de primeiro mandato Marcelo Freitas (PSL-GO) foi tomada em consenso entre o presidente do colegiado, Felipe Francischini (PSL-PR), as lideranças do governo no Congresso e o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. “Bandeira branquíssima”, declarou o ministro.

O clima de entendimento teve efeito positivo no mercado financeiro. Em contraste com o nervosismo visto no dia anterior, a Bolsa de Valores subiu 2,7% ontem. O dólar caiu 1,01%, para R$ 3,92. Antes do anúncio, havia dúvidas sobre se o relator seria do mesmo partido de Bolsonaro. O Partido Novo era um dos que pleiteavam a vaga, que alguns cogitaram que seria cedida ao deputado Gilson Marques (SC).

Questionado se o fato de o escolhido ser do PSL causaria atrito com outras siglas da base, Onyx afirmou que de “maneira nenhuma”, e atribuiu a decisão pacífica ao “bom diálogo” do governo na Casa. “Com maturidade, [Francischini] teve paciência, enfrentou com tranquilidade e esperou o momento certo, onde o presidente da Câmara e os líderes partidários chegaram ao consenso de que seria importante um nome do PSL”, acrescentou.

Onyx explicou que “houve uma busca criteriosa” dentro do partido para a definição do relator. Francischini elogiou o currículo de Freitas e disse que ele foi escolhido pela capacidade técnica: “Conhecimento jurídico haverá de sobra”, afirmou, em referência à elaboração do parecer. “Será um relatório muito técnico. Esperamos o momento mais propício, com a união de forças, para fazer o anúncio”, destacou. (Com informações Correio Braziliense).

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