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Bancários de todo o país decidem fazer uma paralisação nas agências do Banco do Brasil nesta terça, contra o novo plano de carreira do banco

BANCO DO BRASIL OKAgência do Banco do Brasil em Areia Branca

Os bancários de todo o país decidiram na noite de ontem, 29, fazer uma paralisação nas agências do Banco do Brasil nesta terça-feira, 30, véspera do feriado do Dia do Trabalho, contra o novo plano de carreira do banco que segundo os sindicalistas fere direitos dos funcionários.

A paralisação acontecerá em todo o país.

Em São Paulo, a decisão foi tomada em assembleia do Sindicato dos Bancários realizada na noite passada. Também decidiram pela paralisação os trabalhadores de Alagoas, Bahia, Brasília, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rondônia e Roraima, entre outros.

Os bancários reivindicam a revisão do plano de funções, que, dizem, trouxe prejuízos aos empregados e reduziu as gratificações, entre outros problemas.

Desde fevereiro, o BB mudou o plano de carreiras, definindo basicamente dois tipos de cargo e jornada: os comissionados, que estão em cargos de confiança, com oito horas diárias, e os demais, com seis.

Segundo o banco, foi dada a opção aos funcionários para que ninguém tivesse de se submeter à redução de jornada e de salário forçadamente.

Os bancários afirmam que houve, sim, redução impositiva de salário e de jornadas e que os cargos atuais não deverão ser mais preenchidos por funcionários com o mesmo salário.

Também não está garantido que um funcionário passe a exercer função de maior responsabilidade ganhando mais ou salário compatível com os demais colegas do mesmo nível hierárquico.

Os bancários também pedem o “fim do assédio moral e metas abusivas” no banco, que foi pressionado pelo governo a reduzir as taxas de juros.

“O Banco do Brasil, no início do ano, implantou um plano de funções sem negociar com o movimento sindical, o que do ponto de vista dos trabalhadores trouxe grandes prejuízos”, disse Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Pela manhã, o presidente do BB, Aldemir Bendine, foi questionado sobre o movimento, mas afirmou que não espera adesão alta à paralisação. “Nossas pesquisas mostram que a maioria dos funcionários está satisfeita com o novo plano de carreira. Tanto que estão trabalhando para melhorar os resultados do BB”, disse. (Com informações da Folha / UOL).

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