Voluntários fazem plantão e ajudam como podem na tentativa de salva o animal (Foto da Internet)
O encalhe da baleia jubarte na praia de Upanema, litoral de Areia Branca, serviu para expor uma realidade: a falta de estrutura dos órgãos ditos de proteção aos animais. O animal agoniza em águas rasas desde a manhã de ontem, 20, sem que absolutamente nada de positivo tenha sido feito até agora pela sua sobrevivência.
À frente da operação de salvamento da baleia, biólogos do Projeto Cetáceos da Costa Branca, iniciativa da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) que realiza trabalho de monitoramento neste litoral, usa mais da teoria do que da prática. Vale ressaltar a boa vontade desses profissionais e respeitar a competência da bióloga Bernadete Fragoso, que coordena as ações. Mas, em termos de estrutura de trabalho, o Cetáceos é zero.
Quem de fato e de direito deveria estar conduzindo a operação de resgate e remoção da baleia jubarte para as zonas de águas profundas, era o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que ontem veio com uma equipe, constatou a gravidade do caso, mas pouco ou quase nada fez em defesa do animal.
Até agora, os órgãos envolvidos na operação mostraram fragilidade diante da falta de equipamentos para enfrentar uma situação tal qual a que se apresenta. Ontem, na praia, a impressão que se tinha era a de que alguns “técnicos” “envolvidos” na operação de salvamento da baleia pareciam estar com receio até de colocar os pés na água.
Diante de tudo isso, fica uma certeza: o areia-branquense continua dando lição de solidariedade. Não fossem os voluntários, pessoas que inclusive deixaram seus afazeres para ajudar de uma forma ou de outra, a situação do animal talvez fosse pior. Ou quem sabe, já teria antecipado o que parece óbvio: a morte. Deus queira que não!
O Editor.
