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Autor do projeto que trouxe o Restaurante Popular lamenta fechamento da unidade em Areia Branca

Aldo Dantas sai em defesa das famílias prejudicadas com a medida (Foto: Jailton Rodrigues) 
“Uma parcela da população de Areia Branca, principalmente a
camada de baixa renda, ficou órfã com o fechamento do Restaurante Popular da
cidade”. A declaração em tom de desabafo foi do vereador Aldo Dantas (PMDB),
autor do projeto que trouxe para o município uma unidade do programa do Governo
do Estado, gerido pela Secretaria Estadual do Trabalho, Habitação e Assistência
Social (Sethas).
O vereador Aldo Dantas lamentou a decisão do governo que
fechou, embora que temporariamente,  todos os restaurantes populares existentes
no Rio Grande do Norte. “A notícia do fechamento do Restaurante Popular de Areia
Branca nos deixa preocupado, pois sabemos da importância desse benefício para os
frequentadores do local, entre eles famílias de baixa renda, vendedores
ambulantes, funcionários do comércio, estudantes e pessoas de outras cidades”,
disse.
O vereador destacou a importância do Restaurante Popular para
esta cidade, que serve aproximadamente 500 refeições por dia. “O restaurante é o
resultado de uma luta nossa, mas é uma conquista de Areia Branca, que garante
alimentação a baixo custo (apenas R$ 1,00) a quem mais precisa e não dispõe de
muitos recursos para sua alimentação. Milhares de areia-branquenses foram
prejudicados com o fechamento do Restaurante Popular”, afirmou o parlamentar.

Sem prazo
Pelo lado do governo, as últimas informações dão contas que
ainda não há prazo para que os serviços do programa Restaurante Popular voltem a
funcionar. O fechamento das unidades ocorreu no primeiro dia do novo ano,
prejudicando cerca de 19 mil pessoas em todo o Estado.
A secretaria-adjunta da Sethas, Maira Almeida, disse que ainda
não há um prazo para a normalização do serviço. “Os contratos das empresas que
estavam fornecendo os serviços encerraram em 31 de dezembro. Cerca de 90% deles
não poderiam mais ser prorrogados. Por hora, estamos trabalhando para finalizar
o edital de licitação. Existem prazos legais e estamos trabalhando para fazer
isso o mais rápido possível, porque sabemos que muitas pessoas estão sendo
prejudicadas”, explicou.
A secretária explicou que houve uma mudança na forma como será
feita à contratação. “Desta vez faremos um pregão eletrônico. Assim, empresas de
qualquer lugar do país poderão concorrer”, disse. “Temos a preocupação também de
evitar novos casos como o do esquema que culminou na prisão de oito pessoas”,
lembrou ela.
Além do restabelecer o serviço, a Sethas espera ainda ampliar o
programa em 2016. “Hoje temos 24 restaurantes populares em todo o RN, que servem
19 mil refeições. A nova licitação vai contemplar 29 restaurantes, com outras
duas unidades sendo construídas no interior do Estado”, disse Maira, confirmando
novos restaurantes no bairro do Planalto, na zona Oeste, é na avenida Pompéia,
na zona Norte de Natal; em Mossoró e São Miguel, na região Oeste do RN, e em São
José de Mipibu, na região metropolitana.
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