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Audiência pública esvaziada mostrou que o projeto da ponte só é lembrado nas eleições

JOSIVAN UFERSA Josivan Barbosa ressaltou a importância da obra para o desenvolvimento da região

A falta de representatividade dos políticos que integram a Costa Branca marcou a segunda audiência pública para discutir a construção de uma ponte ligando os municípios Grossos e Areia Branca. A audiência, ocorrida na última sexta-feira à noite, 18, no Plenário Manoel Joaquim Nolasco, sede da Câmara Municipal de Tibau, foi ignorada até mesmo pela grande maioria dos vereadores daquela Casa Legislativa, como também do representante do Poder Executivo, o prefeito Rafael Freire.

De Tibau, apenas a presidente da Câmara, a vereadora Ivaneide Fernandes e o vereador Josielson Rodrigues participaram das discussões que contou com a colaboração do reitor da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), professor Josivan Barbosa, que ressaltou a importância da obra para o desenvolvimento da região da Costa Branca.

Também pela pequena participação popular na audiência, o tema parece não despertar ainda o interesse da população tibauense. A primeira audiência pública aconteceu em Grossos e uma terceira deve acontecer no município de Areia Branca. “Queremos lutar e cobrar das autoridades a construção da ponte Grossos/Areia Branca que irá beneficiar e promover o desenvolvimento da região”, explicou o líder comunitário, Sueldo Antônio, lamentando a ausência dos políticos da Costa Branca.

FALTA PROJETO

Na opinião do reitor da Ufersa, professor Josivan Barbosa, não há dúvida que a construção de uma ponte ligando Grossos a Areia Branca é de grande importância para o desenvolvimento econômico da região. Segundo ele, são muitos os argumentos para fundamentar um documento a ser enviado aos parlamentares e a governadora Rosalba Ciarlini para que se possa direcionar uma atenção especial a essa obra.

“Temos que lutar para a elaboração desse projeto”, pontuou o reitor, acrescentando a necessidade de uma maior reivindicação por parte dos prefeitos e vereadores dos municípios. “Sem um projeto não temos como incluir numa emenda”, observou Josivan Barbosa. Segundo ele, só a elaboração de um projeto dessa proporção gira em torno de R$ 1,2 milhão.

CONSIDERAÇÕES

Enquanto o projeto não fica pronto, o reitor da Ufersa apresentou alguns aspectos importantes para a viabilização da ponte. O aumento do fluxo turístico entre Natal e Fortaleza, com o seu incremento para as praias da Costa Branca, com a construção de novos hotéis e pousadas, além da redução do fluxo de veículos na BR-304, entre Natal e Mossoró.

Outro aspecto importante, diz respeito a expansão territorial da Grande Tibau com a expansão imobiliária e a valorização dos imóveis. Segundo dados apresentador pelo reitor, Tibau tem hoje um déficit de 300 moradias de veraneio. “Se formos comparar com os litorais Sul e Norte do estado, há muito tempo os municípios da região da Costa Branca estão esquecidos”, frisou. O atrativo das salinas como potencial turístico também é levado em consideração nas observações do reitor Josivan Barbosa.

A ponte, segundo o professor, também aproximará mais os moradores do sertão da Paraíba com o litoral potiguar. Outro potencial são as pessoas que atuam nas áreas da fruticultura irrigada – Pau Branco, Mata Fresca e Baraúna, além do Distrito Industrial de Mossoró. O crescimento vertical vivenciado pela capital do oeste, Mossoró, também é outra tendência que leva as pessoas de maior poder aquisitivo optar por casas de praia nos fim de semana. “Há elementos suficientes para valorizar e viabilizar o projeto da ponte Grossos/Areia Branca”, acredita Josivan Barbosa.

ADESÃO

Ao parabenizar a iniciativa, o vereador mossoroense Francisco Júnior, vice-presidente da Federação das Câmaras Municipais do Rio Grande do Norte, se comprometeu em iniciar uma mobilização junto aos vereadores da Costa Branca. “Vamos unir forças e sensibilizar a nossa bancada federal para encabeçar também essa luta”, afirmou, propondo ainda uma audiência pública na Câmara Municipal de Mossoró.

Além da participação do reitor da Ufersa e do vereador mossoroense, outras personalidades participaram da Audiência Pública propositada pelo líder comunitário Sueldo Antônio. O geólogo, Francisco de Jaime, que ressaltou a importância de se estudar os impactos ambientais da obra, o engenheiro agrônomo e topógrafo, Francisco Emílio, que apresentou um estudo preliminar mostrando vários aspectos sobre a viabilidade da ponte Grossos/Areia Branca, além do secretário de educação de Areia Branca, Raimundo Lacerda e o secretário de turismo de Tibau, professor Margley Moura. (Com informações do DIARIODENATAL.COM.BR).

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