A substituição de sinais sonoros usados para indicar o início ou fim das aulas nas escolas, por sinais musicais ou visuais adequados aos alunos com autismo, foi o tema abordado por uma representação da Associação Elo de Areia Branca, durante a sessão ordinária da Câmara Municipal, na manhã de terça-feira, 6.
A presidente da Elo, Daiane Lima, e a secretária da entidade, Adna Lourena, fizeram uso da tribuna da Casa para solicitar que a Câmara Municipal aprove uma proposta legislativa e envie para o Executivo, para que seja feita a troca das tradicionais sirenes escolares por sinais musicais.
Elas justificaram que as sirenes utilizadas nas escolas, com sons altos e estridentes, podem causar grande desconforto sensorial, crises de ansiedade, pânico e desorganização emocional em alunos autistas.
A sirene alta que Daiane e Adna se referem, indica horários de entrada, intervalo e saída dos alunos, mas para crianças e adolescentes com hipersensibilidade auditiva pode representar risco de pânico. Por isso, as representantes da Associação Elo foram à Câmara pedir o apoio dos vereadores para que seja aprovada uma proposta determinando a substituição do equipamento, por músicas.
Elas sugerem, ainda, que a música deverá ser suave, agradável e ter volume que não cause incômodos sensoriais aos estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
A presidente da entidade que trabalha em prol das pessoas autistas e seus familiares, atualmente contando com 85 associados no município, acrescentou que pelo fato de ter uma intimidade com a causa, entende que a proposta vai trazer um benefício muito grande às famílias, às crianças com autismo. “Às vezes a sirene da escola pode ser um gatilho para causar uma crise. E, como todos sabem, a musicalidade pode ajudar. É uma coisa muito mais suave”, concluiu Daiane.