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Arena das Dunas será colocado à venda, anuncia Grupo OAS depois de pedido de recuperação judicial

0Arena das Dunas foi o único empreendimento construído para a Copa que não é 100% público (Foto: Divulgação)

O grupo OAS, conglomerado empresarial do ramo da construção civil que protocolou nesta terça-feira, 31, um pedido de recuperação judicial por uma dívida de R$ 8 bilhões, anunciou que irá colocar à venda sua participação nos grupos que controlam dois estádios construídos para a Copa do Mundo de 2014: a Arena das Dunas, em Natal, e a Arena Fonte Nova, em Salvador.

No caso do estádio potiguar, a OAS Arenas S.A. controla 100% das operações, tendo fechado um contrato de 19 anos para operar a Arena das Dunas, pertencente ao governo do Rio Grande do Norte. Já em Salvador, a mesma empresa do Grupo OAS detém 50% da empresa Arena Fonte Nova Participações, que é dona da concessão de operação do estádio por 35 anos.

Arena das Dunas

A Arena das Dunas foi o único empreendimento construído para a Copa do Mundo no Brasil em 2014 que não é 100% público.  Ao longo do evento desportivo recebeu quatro jogos da primeira fase, com média de público superior a 30 mil torcedores. Construído através de uma Parceria Público-Privada (PPP), a primeira na história do Rio Grande do Norte, a obra consumiu R$ 423 milhões. Seu custo operacional jamais foi divulgado pela OAS Arenas S.A., administradora do complexo.

Ao longo dos próximos 19 anos, o Governo do Rio Grande do Norte deverá repassar valores mensais à administradora da praça esportiva. Nos primeiros onze anos, serão aproximadamente R$ 9 milhões mensais. A partir do 12º ano, o valor cai para R$ 2,7 milhões por mês até o 14º ano. Nos últimos três anos de concessão, a monta decresce para R$ 90 mil mensais. Ao fim dos 20 anos de exploração da Arena das Dunas, a OAS deverá ter embolsado, em valores não corrigidos, algo em torno de R$ 1,2 bilhão

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